Se o caro leitor não puder almoçar seu arroz com feijão,
salada,
bife e sobremesa,
resolva o problema com uma folha de alface,
duas ervilhas e um grão de milho.
Pode não ser satisfatório, mas o caro leitor não deixou de almoçar.
Se o caro leitor ganha muito pouco e está abaixo da linha da pobreza, resolva o problema com as estatísticas do Governo Federal:
de acordo com a Secretaria de Assuntos Estratégicos da presidente Dilma Rousseff, quem ganha mais de R$ 291 mensais integra a classe média.
Assim foi possível fazer com que 35 milhões de brasileiros se alçassem à classe média nos dez anos de Governo petista.
É simples assim:
É simples assim:
uma pessoa não precisa ganhar mais de dez reais por dia para entrar na classe média. Um casal que ganhe, em conjunto, R$ 582 mensais será também de classe média.
Pronto:
Pronto:
no Brasil, só é pobre quem quer.
Mas há limites para ser de classe média.
Mas há limites para ser de classe média.
Quem ganhar a partir de R$
1.019,10 por mês será de classe alta.
A história de achar que classe
alta é coisa para Eike Batista está errada:
neste país em que se
plantando tudo dá (especialmente notícias), até professor, mesmo
ganhando o que ganha, pertence à classe alta.
O pessoal que tem recursos
para comprar deputado mensaleiro, dar carona de jatinho a quem toma
decisões sobre concorrências, fotografar a esposa usando sapatos de sola
vermelha, esse nem chega a ter classificação.
Político corrupto, dos
que trocam apoios por Ministérios, está tão alto que a verdade se
restabelece sozinha:
este não tem classe, nem categoria.
A classe média (de verdade) paga a conta.
A classe média (de verdade) paga a conta.
CARLOS BRICKMANN
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