Comissão de Ética da Presidência reconhece atraso na chegada de ofício que daria parecer também sobre jatinho
Um suposto "problema burocrático" atrasou o encaminhamento de ofício solicitando esclarecimentos ao ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, o que levou ao adiamento da apreciação dos casos envolvendo os negócios de consultoria do ministro e o fretamento de um jatinho para viagem à Europa, disse ontem o presidente da Comissão de Ética Pública da Presidência da República, Sepúlveda Pertence.
Reunião.
Os conselheiros reuniram-se ontem no Palácio do Planalto. Na última reunião, em junho passado, o conselheiro Fábio Coutinho defendeu a imposição de advertência a Pimentel, por causa de seus milionários negócios de consultoria.
Apesar do voto favorável de Coutinho e da conselheira Marília Muricy, os demais membros da comissão optaram por pedir mais esclarecimentos a Pimentel - foi a terceira vez que o ministro teve de dar explicações sobre as consultorias.
Questionado se a decisão sobre Pimentel sairia hoje, Pertence comentou:
"(Houve) problemas burocráticos, um dia a secretária viajou, eu viajei no outro e isso atrasou (o encaminhamento do ofício)".
Segundo Pertence, o ofício foi encaminhado apenas na semana passada, mas ele não soube informar em que data.
Segundo um dos auxiliares mais próximos da presidente Dilma Rousseff, o ministro tem dez dias após o recebimento do ofício para prestar os esclarecimentos solicitados.
"Só sei que o prazo está correndo, minha filha, e se houve atraso, foi nosso, não dele. Só há poucos dias os ofícios foram mandados", afirmou Pertence.
A oposição vê semelhanças entre a situação de Pimentel e a do ex-ministro da Casa Civil Antonio Palocci, que saiu do governo devido à denúncia de ter o patrimônio ampliado em 20 vezes após a prestação de serviços de consultoria.
Pimentel é alvo de denúncias de que sua empresa, a P-21 Consultoria e Projetos, teria faturado mais de R$ 2 milhões com consultorias entre 2009 e 2010.
Há suspeitas de tráfico de influência. Indagado se o suposto problema burocrático não favoreceria Pimentel, Pertence respondeu:
"Você faz a interpretação que quiser. Críticas vocês façam como quiserem", afirmou.
RAFAEL MORAES MOURA O Estado de S. Paulo
Um suposto "problema burocrático" atrasou o encaminhamento de ofício solicitando esclarecimentos ao ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, o que levou ao adiamento da apreciação dos casos envolvendo os negócios de consultoria do ministro e o fretamento de um jatinho para viagem à Europa, disse ontem o presidente da Comissão de Ética Pública da Presidência da República, Sepúlveda Pertence.
Reunião.
Os conselheiros reuniram-se ontem no Palácio do Planalto. Na última reunião, em junho passado, o conselheiro Fábio Coutinho defendeu a imposição de advertência a Pimentel, por causa de seus milionários negócios de consultoria.
Apesar do voto favorável de Coutinho e da conselheira Marília Muricy, os demais membros da comissão optaram por pedir mais esclarecimentos a Pimentel - foi a terceira vez que o ministro teve de dar explicações sobre as consultorias.
Questionado se a decisão sobre Pimentel sairia hoje, Pertence comentou:
"(Houve) problemas burocráticos, um dia a secretária viajou, eu viajei no outro e isso atrasou (o encaminhamento do ofício)".
Segundo Pertence, o ofício foi encaminhado apenas na semana passada, mas ele não soube informar em que data.
Segundo um dos auxiliares mais próximos da presidente Dilma Rousseff, o ministro tem dez dias após o recebimento do ofício para prestar os esclarecimentos solicitados.
"Só sei que o prazo está correndo, minha filha, e se houve atraso, foi nosso, não dele. Só há poucos dias os ofícios foram mandados", afirmou Pertence.
A oposição vê semelhanças entre a situação de Pimentel e a do ex-ministro da Casa Civil Antonio Palocci, que saiu do governo devido à denúncia de ter o patrimônio ampliado em 20 vezes após a prestação de serviços de consultoria.
Pimentel é alvo de denúncias de que sua empresa, a P-21 Consultoria e Projetos, teria faturado mais de R$ 2 milhões com consultorias entre 2009 e 2010.
Há suspeitas de tráfico de influência. Indagado se o suposto problema burocrático não favoreceria Pimentel, Pertence respondeu:
"Você faz a interpretação que quiser. Críticas vocês façam como quiserem", afirmou.
RAFAEL MORAES MOURA O Estado de S. Paulo
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