"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

julho 03, 2012

brasil maravilha 300%"PREPARADO" : Superavit encolhe 45,4%

A crise internacional fez o superavit comercial brasileiro despencar no primeiro semestre. O saldo, de apenas US$ 7,1 bilhões, caiu 45,4% em relação aos primeiros seis meses de 2011, no pior desempenho em dez anos.

Em junho, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), o resultado positivo da balança foi de apenas US$ 807 milhões, valor 81,8% inferior ao de junho do ano passado.

A queda na demanda nos principais mercados afetou diretamente as exportações nacionais, que tiveram queda de 14,2% em junho, na comparação com o mesmo período de 2011, e ficaram em US$ 19,3 bilhões. Já as importações avançaram 1,1%, somando US$ 18,5 bilhões. Os maiores importadores de produtos brasileiros — China e Estados Unidos — reduziram as compras.

Em relação a maio, os chineses importaram 18,6% a menos, com um volume de US$ 3,9 bilhões. Os norte-americanos não passaram de US$ 2 bilhões, um recuo de 19,1%.

"A crise tem afetado nosso comércio. Os preços das commodities caíram mais do que estávamos esperando. Mas não são apenas a China e os EUA que preocupam. A queda das nossas exportações foi generalizada, praticamente em todas as regiões", destacou a secretária de Comércio Exterior do Mdic, Tatiana Prazeres.

O secretário executivo do Mdic, Alessandro Teixeira, destacou que a greve dos fiscais da Receita Federal também contribuiu para a queda dos embarques no mês passado. Ainda em julho, o ministério deverá rever a meta de crescimento de 3% para as exportações neste ano.

"Não vamos ter deficit, mas o superavit será menor", afirmou Teixeira.

ROSANA HESSEL Correio Braziliense

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