Dilma, apelidada de “a diarista” pela faxina ética no governo, não percebeu o lixo no Turismo porque não quis.
Na Agricultura e nos Transportes, a presidente pegou firme na vassoura.
Mesmo quem não votou nela apoiou. Enfim, alguém começava a espanar os sujismundos em Brasília.
Mas, no Turismo apadrinhado por Sarney, a diarista foi surpreendida pela limpeza promovida por 200 homens da Polícia Federal.
Só o PMDB apostava um centavo na lisura de um ministério comandado por Pedro Novais, conterrâneo do presidente vitalício do Senado, José Sarney.
Para refrescar a memória,Novais, antes de assumir o Turismo, foi reembolsado pela Câmara por uma festa com 15 casais no Motel Caribe, de São Luís.
Octogenário como seu mestre, casado, Novais culpou os assessores pelo “erro”. Assumiu um ministério que planejava investir R$ 257 milhões e treinar 230 mil pessoas para receber turistas na Copa do Mundo em 2014.
Isso não significa que o maranhense esteja implicado no novo escândalo – embora tenha pensado em pedir demissão. Os convênios fraudulentos para treinar agentes de turismo no Amapá e no Paraná foram assinados em 2009, quando o PT e a turma da senadora Marta Suplicy estavam no comando.
Pense bem:
turismo milionário no Amapá?
O Estado que em 2006 elegeu Sarney senador recebeu, no ano passado, 459 turistas estrangeiros.
A maior atração é a pororoca.
Agora, a pororoca foi transferida para Brasília. Denúncias em cascata dão um ar de novela. “Insensata Corrupção” é acompanhada diariamente pelo povo.
Gravações mostram empresários se tratando de “bicho” e “animal”, no capítulo dedicado ao Amapá.
O ministro da Agricultura demitido por Dilma diz:“
Eu não sou lixo”.
Esperamos que não seja reciclável.
O roteiro da novela é confuso porque surgem mais figurantes, siglas e partidos políticos.O dinheiro desviado costuma ser estratosférico, uma grana que 99% dos brasileiros jamais verão na vida.
Computadores são confiscados, sigilos são quebrados, mas os maiores amigos do poder são poupados. As maldades dos vilões chocam até a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB):
“As acusações geram perplexidade, insegurança e indignação”.
Os bispos alertam:
“Sacrificar os bens devidos a todos é um crime que clama aos céus por lesar sobretudo os pobres”.
Nem ateus discordariam.
Dilma ficou chocada não com a corrupção no Turismo – mas com as algemas usadas pela PF
Dilma e seu vice-presidente,Michel Temer, também estão “chocados”. Mas não com as ONGs de fachada, as notas fiscais falsas e a conivência de servidores num ministério que deveria servir de exemplo em véspera de Olimpíada e Copa.
Estão indignados com as algemas usadas pelos policiais federais.
“Pegou mal”, disse Temer.
“Uma cinte”,disse Dilma.
“Uma operação atabalhoada”, afirmou o Planalto.
O presidente da Federação dos Policiais Federais,Marcos Wink, defendeu algemas para todos:
“Devem ser usadas no secretário do ministério, assim como no Joãozinho da Silva lá na favela”.
No centro da pororoca, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, fazia cara de paisagem. Garantiu desconhecer a operação que prendeu 36 pessoas no Turismo por desvio de verba.
Nossa presidente não gostou.
Pretende manter o controle de sua faxina seletiva e não deixar degringolar os próximos capítulos.
A roteirista é ela.
Cara Dilma, começou, tem de ir até o fim.
Não dá para limpar só os quartos e a cozinha.
Procure os cantos das salas de estar e jantar.
Retire dos armários os cabides de empregos, onde estão pendurados afilhados políticos e parentes de caciques do PMDB e do PT.
Filhos,
ex-mulheres,
sobrinhos.
Contratados sem concurso.
Assuste os fantasmas, porque a opinião pública vai apoiar.
Mesmo que a senhora não concorde que Ideli é “fraquinha”, desautorize- a a falar bobagens.
É risível ouvir de sua comadre que a operação da PF foi “armação da imprensa”.
Não se deixe intimidar pela tal “base” rebelada.
A democracia não será aperfeiçoada se seu governo liberar R$ 1 bilhão em emendas para esse bando concordar em votar o que interessa à nação.
Há algo mais ridículo do que congressistas de braços cruzados, ameaçando uma “greve branca” contra a faxina?
Com amigos assim, uma diarista não precisa de inimigos.
Ruth de Aquino Época
Na Agricultura e nos Transportes, a presidente pegou firme na vassoura.
Mesmo quem não votou nela apoiou. Enfim, alguém começava a espanar os sujismundos em Brasília.
Mas, no Turismo apadrinhado por Sarney, a diarista foi surpreendida pela limpeza promovida por 200 homens da Polícia Federal.
Só o PMDB apostava um centavo na lisura de um ministério comandado por Pedro Novais, conterrâneo do presidente vitalício do Senado, José Sarney.
Para refrescar a memória,Novais, antes de assumir o Turismo, foi reembolsado pela Câmara por uma festa com 15 casais no Motel Caribe, de São Luís.
Octogenário como seu mestre, casado, Novais culpou os assessores pelo “erro”. Assumiu um ministério que planejava investir R$ 257 milhões e treinar 230 mil pessoas para receber turistas na Copa do Mundo em 2014.
Isso não significa que o maranhense esteja implicado no novo escândalo – embora tenha pensado em pedir demissão. Os convênios fraudulentos para treinar agentes de turismo no Amapá e no Paraná foram assinados em 2009, quando o PT e a turma da senadora Marta Suplicy estavam no comando.
Pense bem:
turismo milionário no Amapá?
O Estado que em 2006 elegeu Sarney senador recebeu, no ano passado, 459 turistas estrangeiros.
A maior atração é a pororoca.
Agora, a pororoca foi transferida para Brasília. Denúncias em cascata dão um ar de novela. “Insensata Corrupção” é acompanhada diariamente pelo povo.
Gravações mostram empresários se tratando de “bicho” e “animal”, no capítulo dedicado ao Amapá.
O ministro da Agricultura demitido por Dilma diz:“
Eu não sou lixo”.
Esperamos que não seja reciclável.
O roteiro da novela é confuso porque surgem mais figurantes, siglas e partidos políticos.O dinheiro desviado costuma ser estratosférico, uma grana que 99% dos brasileiros jamais verão na vida.
Computadores são confiscados, sigilos são quebrados, mas os maiores amigos do poder são poupados. As maldades dos vilões chocam até a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB):
“As acusações geram perplexidade, insegurança e indignação”.
Os bispos alertam:
“Sacrificar os bens devidos a todos é um crime que clama aos céus por lesar sobretudo os pobres”.
Nem ateus discordariam.
Dilma ficou chocada não com a corrupção no Turismo – mas com as algemas usadas pela PF
Dilma e seu vice-presidente,Michel Temer, também estão “chocados”. Mas não com as ONGs de fachada, as notas fiscais falsas e a conivência de servidores num ministério que deveria servir de exemplo em véspera de Olimpíada e Copa.
Estão indignados com as algemas usadas pelos policiais federais.
“Pegou mal”, disse Temer.
“Uma cinte”,disse Dilma.
“Uma operação atabalhoada”, afirmou o Planalto.
O presidente da Federação dos Policiais Federais,Marcos Wink, defendeu algemas para todos:
“Devem ser usadas no secretário do ministério, assim como no Joãozinho da Silva lá na favela”.
No centro da pororoca, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, fazia cara de paisagem. Garantiu desconhecer a operação que prendeu 36 pessoas no Turismo por desvio de verba.
Nossa presidente não gostou.
Pretende manter o controle de sua faxina seletiva e não deixar degringolar os próximos capítulos.
A roteirista é ela.
Cara Dilma, começou, tem de ir até o fim.
Não dá para limpar só os quartos e a cozinha.
Procure os cantos das salas de estar e jantar.
Retire dos armários os cabides de empregos, onde estão pendurados afilhados políticos e parentes de caciques do PMDB e do PT.
Filhos,
ex-mulheres,
sobrinhos.
Contratados sem concurso.
Assuste os fantasmas, porque a opinião pública vai apoiar.
Mesmo que a senhora não concorde que Ideli é “fraquinha”, desautorize- a a falar bobagens.
É risível ouvir de sua comadre que a operação da PF foi “armação da imprensa”.
Não se deixe intimidar pela tal “base” rebelada.
A democracia não será aperfeiçoada se seu governo liberar R$ 1 bilhão em emendas para esse bando concordar em votar o que interessa à nação.
Há algo mais ridículo do que congressistas de braços cruzados, ameaçando uma “greve branca” contra a faxina?
Com amigos assim, uma diarista não precisa de inimigos.
Ruth de Aquino Época
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