O governo do Partido dos Trabalhadores investiu pouco em qualificação profissional. Um estudo feito pelo Ministério do Planejamento mostra que os programas de treinamento financiados pelo Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) tiveram orçamentos magros, inferiores aos do governo Fernando Henrique Cardoso.
Entre 1999 e 2002, o segundo mandato do presidente tucano, o gasto médio anual foi de R$ 768 milhões.
De 2003 a 2008, já sob o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, o gasto despencou para uma média de R$ 97 milhões ao ano.
"A escala limitada das ações empreendidas efetivos sobre o mercado de trabalho", diz o estudo.
Enquanto isso, fala-se em apagão de empregados em alguns setores da economia, como a construção civil.
"O ano passado foi o pior de todos", acrescenta Luigi Nese, presidente do Conselho Deliberativo do FAT (Codefat). "Com a crise, o governo teve problemas com o orçamento e cortou recursos aplicados na área", indica Nese.
De acordo com o Ministério do Trabalho, em 2009 foram investidos apenas R$ 40,4 milhões nos programas de treinamento.
É o menor montante dos nove anos de governo Lula. Para 2010, o quadro é menos ruim, com previsão de R$ 226 milhões. Ainda assim, é inferior à média alcançada no governo anterior.
SAIBA +
A previsão de gastos com qualificação profissional em 2010 era de R$ 1,1 bilhão, segundo Sérgio Luiz Leite, representante da Força Sindical no Codefat.
O valor foi cortado para R$ 165 milhões, depois subiu para R$ 226 milhões graças a emendas parlamentares no Orçamento.
Representante da CUT, Quintino Marques Severo diz que no ano passado 6 milhões de pessoas receberam seguro-desemprego.Dessas, apenas 200 mil frequentaram cursos de qualificação.
Ele observa que quem recebe seguro-desemprego não é encaminhado a cursos de qualificação, nem ao serviço de intermediação do Sistema Nacional de Emprego (Sine).
Em 2009 :
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