Até o fim deste processo, será um risco iminente.
A divulgação do Índice de Atividade Econômica, elaborado pelo Banco Central, levou à conclusão de que havia sinais de desaceleração da economia e, portanto, podia-se prever menor alta do juro.
Convém dizer, em primeiro lugar, que não houve queda no índice do Banco Central em maio, mas apenas uma estabilização.
Quando se consideram os dados dessazonalizados (139,55), ele está exatamente no mesmo nível do mês anterior, que foi o mais elevado do ano.
Estabilização num nível elevado não significa desaceleração, mas apenas interrupção do curso de alta, que já se considerava exagerado, na medida em que podia desencadear um processo inflacionário.
Há que se acrescentar, também, que não se avalia uma tendência a partir do resultado de um mês.
Aliás, é provável que o resultado de junho seja pior que o de maio, levando em conta as perturbações que a Copa na África do Sul criou nos horários de trabalho.
O normal é examinar a tendência na média de três meses.
Parece-nos muito importante levar em conta o peso de cada um dos setores para medir o rumo da atividade.
Ora, nestes últimos meses estamos assistindo a uma profunda mudança na vida econômica com o programa da construção civil: é normal que uma família que se endivida com a compra de uma casa procure reduzir outras despesas para honrar seus compromissos em relação ao crédito imobiliário.
Isso não significa que a atividade global tenha sofrido uma retração.
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