O rombo na Previdência Social pode aumentar ainda mais com a aprovação da emenda do senador Paulo Paim (PT-RS) que vincula os reajustes dos benefícios previdenciários ao aumento do salário mínimo.
Se a emenda estivesse valendo de 1998 a 2008, o saldo negativo saltaria de R$ 48,5 bilhões valor próximo ao estimado para este ano para estratosféricos R$ 117,9 bilhões, aponta estudo do próprio Congresso Nacional.
Em 2008, as despesas com os benefícios do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) urbanos e rurais, sem considerar os assistenciais com idosos e deficientes , que foram de R$ 199,5 bilhões, chegariam a R$ 269 bilhões.
Os dados são do estudo Salário mínimo e reajustes dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social RGPS, elaborado pela consultora legislativa Sandra Cristina Filgueiras.
Com o impacto, analisa a autora, as despesas deixariam o patamar de 6,9% do PIB (Produto Interno Bruto, soma das riquezas produzidas por um país) para atingir 9,3%. Ela diz que há um preconceito contra discutir essa questão.
Ninguém quer debater, mas é preciso tocar na ferida. O lobby dos aposentados é forte, é uma população que tem uma base eleitoral crescente e ninguém quer se voltar contra ela. O trabalho mostra que eles não tiveram perdas reais.
O senador considerou as críticas à indexação um "terrorismo deslavado" e negou que a emenda comprometa as finanças públicas.
Ao longo do mandato, Paim apresentou uma série de propostas para "repor o poder de compra dos aposentados e do salário mínimo".
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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