Correio Braziliense
A gastança do governo está custando caro aos brasileiros. Cada um deles pagou R$ 929 mil em juros da dívida pública nos últimos 12 meses.
Para chegar a esse resultado, basta dividir os encargos pagos no período aos detentores de títulos emitidos pelo Tesouro Nacional, de R$ 179,3 bilhões o mais elevado da série histórica do Banco Central pelo total da população.
A conta representou 5,42% do Produto Interno Bruto (PIB), a soma das riquezas que o país produziu.
Esse resultado só não é pior do que o verificado em novembro de 2009, quando os juros em 12 meses chegaram a 5,77% do PIB.
Os gastos com juros subiram a despeito da queda da taxa básica (Selic) verificada no período — o aperto na política monetária só começou em abril deste ano.
Em 2009, para combater a crise, A Selic chegou ao patamar mais baixo da história, de 8,75%.
Juros mais altos são consequência direta do elevado endividamento do governo e da ameaça da inflação.
A dívida bruta, que leva em consideração os empréstimos feitos ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), saltou de R$ 1,96 trilhão, em abril, para R$ 1,99 trilhão, em maio, um aumento de R$ 23 bilhões. Frente ao PIB, a dívida bruta chegou a 60,1%.
Para o chefe do Departamento Econômico do BC (Depec), Altamir Lopes, tal montante não preocupa, sobretudo porque a tendência é de acomodação nos próximos meses.
(...)
Já a dívida líquida do Brasil, que não contabiliza o dinheiro destinado pelo Tesouro Nacional para a capitalização do BNDES, está mostrando tendência de desaceleração, conforme os últimos números divulgados pelo BC. .
Em dezembro de 2009 o endividamento, de R$ 1,34 trilhão, representava 42,8% do PIB.
Em maio último, bateu em R$ 1,371 trilhão, o equivalente a 41,4% do Produto. (VC)
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