Um dos destaques do décimo balanço do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), divulgado semana passada, o projeto de transposição do Rio São Francisco, visitado pelo presidente Lula e a pré-candidata Dilma Rousseff no fim do ano passado, está quase parado no trecho que fica em Cabrobó.
Mais de mil pessoas já foram demitidas no canteiro de obras, restando apenas 400 operários na área, no município do sertão a 586 quilômetros de Recife.
O prefeito de Cabrobó, Eudes Caldas (PTB), disse que semana passada percorreu os canteiros que ficam no município e observou grande redução no movimento de caminhões.
Antes, eram cem todos os dias, e restam apenas quatro.
— A gente não sabe o que está acontecendo, mas oficiosamente estaria havendo uma divergência nos valores de medição. Na verdade, não fomos informados de nada, mas a pressão já está muito grande aqui na prefeitura.
Autônomo, prestador de serviços para uma transportadora da Paraíba, o baiano Wilson dos Santos está preocupado com a paralisação:
— Acho isso uma falta de respeito. A gente veio de longe trabalhar, e fazem conosco uma coisa dessas. Mandaram recolher as caçambas e ninguém disse o dia da volta. Estou vendo 13 de outras prestadoras de serviço, todas paradas.
Estou apenas aguardando o vencimento da quinzena para retornar a Salvador.
O presidente da Câmara de Vereadores de Cabrobó, Moacir Rocha (PT), informou que só 50% do pessoal ainda estão mobilizados:
— Não soubemos qual foi o problema, mas há trechos ainda não concluídos em que tudo parou mesmo. É muito dinheiro jogado fora. Nunca vi uma paralisação tão grande.
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