"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

maio 13, 2010

PODER DE TUMA/JR VEM DO TUMA/PAI E 7,2 MILHÕES DE VOTOS.

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A relutância do presidente Lula e do ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, em afastar o secretário nacional de Justiça, Romeu Tuma Jr., tem um componente eleitoral.
Lula e Barreto tratam o assunto com cautela para não transformar o senador Romeu Tuma (PTB-SP), pai de Tuma Jr., em adversário político nas eleições.


Candidato a reeleição, Tuma é considerado importante cabo eleitoral em São Paulo.

A tendência é que o senador siga a decisão do diretório do partido em São Paulo de apoiar a candidatura presidencial do tucano José Serra.

Mesmo assim, o governo não gostaria de ver Tuma pedindo votos para Serra e atacando a candidata governista, Dilma Rousseff.

Tuma foi eleito com 7,2 milhões de votos e, segundo auxiliares, estaria liderando a atual disputa, ao lado de Marta Suplicy (PT). Ou seja, o senador ainda mantém influência no eleitorado paulista.

Tuma é uma peça importante no xadrez político e, por isso, o governo tem dificuldade em lidar com a questão.


Tuma também é importante para a futura decisão sobre os rumos da direção nacional do PTB. Líderes do partido, como os senadores Fernando Collor de Mello (AL) e Gim Argello (DF), estão alinhados com Dilma Rousseff.

Mas o presidente do partido, o ex-deputado Roberto Jefferson, e o deputado estadual Campos Machado (SP) ainda tentam mudar o quadro e levar o partido a apoiar Serra em âmbito nacional.

O governo também não gostaria de ver Tuma engrossando esse movimento.

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