"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

fevereiro 24, 2010

ELEIÇÕES 2010 - DILMA E TEMER ?

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Marcela Rocha

"O presidente Lula decidiu realmente acelerar os entendimentos estaduais", comemora o líder do PMDB na Câmara Henrique Eduardo Alves (RN), que é um dos negociadores da aliança com o PT.

Segundo ele, "os processos regionais estão agilizados" e "a vice-presidência já foi ratificada, será PMDB com Michel Temer".

O PT já aprovou em Congresso do partido seu programa de governo.

Os aliados peemedebistas, por sua vez, se reúnem na próxima terça-feira para discutir as "linhas mestras" do programa, que, segundo o líder, serão definidas por uma equipe "de peso" e "aprovadas" pela legenda em abril (data do Congresso).

Compõem a equipe:

Delfim Neto, ex-ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, presidente do Banco Central, Mangabeira Unger, ex-ministro de Assuntos Estratégicos e Nelson Jobim, ministro da Defesa.

- Estamos pedindo ideias novas e conceituais sobre políticas econômicas, políticas públicas e sobre a questão do meio ambiente - detalha.

Leia abaixo a íntegra da entrevista:

Terra Magazine -

Como está a articulação do PMDB no Rio Grande do Norte?
Henrique Eduardo Alves -

Boa. O PSDB está com DEM.

Estamos com os partidos que compõem o governo Lula.

Como está a relação com o PT depois do Congresso do partido no último final de semana?
Está muito boa. Muitas questões estaduais estão sendo agilizadas. Muitas das preocupações foram expostas no Congresso deles e está tudo começando a caminhar. Minas Gerais já evoluiu muito. Pará também.

O presidente Lula decidiu realmente acelerar os entendimentos estaduais.

A questão da vice-presidência já foi ratificada, será o PMDB com Michel Temer.

E São Paulo?
Isso é uma questão interna do PSB, não quero me envolver nisso.

Minas, com José Alencar, como anda?
Evoluindo. Fernando Pimentel, Patrus Ananias e Hélio Costa tiveram, ontem, uma conversa preliminar.

Se entenderam bem numa primeira reunião e marcarão uma coletiva para os próximos dias.

E Bahia, o palanque será separado mesmo? O que o senhor acha disso?
Vai ser palanque separado mesmo, candidatura de Geddel e de Jaques Wagner, ambos apoiando Dilma.

Não tem jeito. Será o único caso no Brasil. Não terá outro jeito, mas o importante é manter os dois apoiando Dilma.

E o programa do PMDB?
Já estamos preparando o programa. Juntando uns economistas de peso.

Quem e quando?
Delfim Neto e Henrique Meirelles. Teremos uma reunião, na terça-feira que vem, para preparar o programa, somá-lo ao do PT e formarmos um governo de coalizão. Portanto, está adiantado.

O que poderia destacar do programa?
Estamos pedindo ideias novas e conceituais sobre políticas econômicas, políticas públicas e sobre a questão do meio ambiente.

Estamos reunindo Mangabeira Unger, Jobin, Delfim, Meirelles. Elaboraremos conteúdo.

O que o PMDB pretende pedir a essas pessoas?
Pediremos linhas mestras e conceitos de uma proposta para o Brasil para, em abril, aprovarmos esse projeto no encontro do partido.

Terra Magazine

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