"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

maio 03, 2013

"A ÚNICA PESSOA "PREPARADA" PARA CONDUZIR O brasil" .COMO DISSE CERTA FEITA UM CACHACEIRO PARLAPATÃO. RESULTADO : Comerciante de espelhinhos


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De recorde negativo em recorde negativo, o comércio exterior brasileiro vai afundando. O mau desempenho reflete uma visão tacanha a respeito da inserção externa do Brasil num mundo cada vez mais sem fronteiras. 
País fechado, como quer o governo petista, é país sem futuro.

A balança comercial brasileira teve, nos primeiros quatro meses de 2013, o pior resultado para o período em 18 anos. O rombo chegou a US$ 6,15 bilhões. Foi também o primeiro déficit para o primeiro quadrimestre desde 2001 e a pior marca para um mês de abril desde 1995. 
A coleção de péssimos resultados parece infinita.

Há uma combinação perversa em marcha: vendemos menos ao exterior, mas continuamos comprando muito. Enquanto as exportações caíram 3% entre janeiro e abril na comparação com os mesmos meses de 2012, as importações subiram 10%. 
Compra-se de tudo: 
bens de consumo aumentaram 23% em abril, com destaque para aquisição de quinquilharias como cosméticos, que subiram 55% no mês.

Já nossas vendas praticamente se limitam a matérias-primas. Bens de alto valor agregado, principalmente industriais, estão, cada vez mais, perdendo espaço na nossa pauta exportadora. 
Quanto maior o conteúdo tecnológico, maior a nossa dependência das importações: segundo o Iedi, só a indústria da transformação teve rombo de US$ 16,3 bilhões até março, 25% maior que no mesmo período de 2012.

Diante dos resultados colhidos até agora - que não seriam tão ruins se o governo federal não tivesse manobrado para maquiar os dados de 2012, postergando a contabilização de importações feitas pela Petrobras - já há dúvida até mesmo se a balança brasileira conseguirá fechar no azul neste ano. Isto depois de o saldo comercial já ter caído 35% em 2012, para US$ 19,4 bilhões.

Embora cadentes, as projeções de mercado colhidas pelo Banco Central ainda apontam perspectiva de superávit de US$ 10,2 bilhões até dezembro. Os números divulgados ontem, porém, já sugerem resultados bem menores ou até mesmo déficit, segundo a Folha de S.Paulo.  

Seria a primeira vez desde 2000 que isso aconteceria.

O mercado brasileiro está sendo, cada vez mais, abastecido por produtos importados, uma vez que a produção nacional, sobretudo a da indústria, não tem conseguido competir com os artigos estrangeiros. 
Trata-se de decorrência do pernicioso descompasso entre consumo interno em alta e oferta estagnada, que também está no cerne do recrudescimento da nossa inflação.

Na outra ponta, o comércio exterior brasileiro perde cada vez mais mercado no exterior. O Valor Econômico mostrou ontem que nossas vendas para destinos como China, Estados Unidos, União Europeia, Argentina e Chile estão caindo, a despeito de nossos parceiros continuarem comprando de outros fornecedores.

Antes superavitário, depois de uma década o comércio com os europeus passou ao vermelho, numa virada que começou em 2011 e vem se aprofundando. O mesmo aconteceu nos negócios com os norte-americanos: saímos de um superávit de US$ 5 bilhões em 2002 para um déficit de US$ 5,6 bilhões em 2012. 
Como se percebe, estamos encolhendo.

Os resultados declinantes do nosso comércio exterior refletem as dificuldades de se produzir no país. Os insuportáveis custos e as ineficiências oneram em cerca de 35% os bens e serviços made in Brazil, segundo mostrou estudo divulgado pela Fiesp em março. 
É a nossa competitividade escorrendo pelo ralo em razão da logística caótica, da burocracia insana e de uma carga tributária sem concorrentes.

Mas há, sobretudo, as dificuldades de inserção do país no mundo resultantes da visão que emana do governo petista. Desde 2003, nossa política externa voltou-se para o umbigo, movida por preconceitos ideológicos e uma concepção equivocada do que seja ser uma grande nação no mundo contemporâneo.

Sob o PT, o Brasil se contenta em ser líder entre países da rabeira do mundo e não protagonista entre os líderes globais. 
Preferimos um abraço de afogados com os países do Mercosul do que acordos de livre comércio com países desenvolvidos - nos últimos anos, só firmamos pactos comerciais com Palestina, Egito, Jordânia e Israel, além de acordos limitadíssimos com Índia e África do Sul.

Não surpreende que o Brasil tenha perdido participação no comércio mundial em 2012 e seja hoje considerado um país extremamente protecionista, com adoção de barreiras que podem até beneficiar alguns setores eleitos, mas certamente acabam por penalizar os consumidores. 
O país não deveria se fechar. 
Deveria, ao contrário, tornar-se mais eficiente, competitivo, moderno, para ter capacidade de enfrentar seus concorrentes de igual para igual.

Fonte: Instituto Teotônio Vilela 
Comerciante de espelhinhos

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