A produção industrial brasileira fechou 2012 com queda de 2,7%, a primeira retração desde 2009 (-7,4%). O destaque foi para o fraco desempenho do setor de bens de capital, informou o IBGE nesta sexta-feira.
Em dezembro, a produção ficou estável ante novembro, acrescentou o órgão, que também revisou fortemente o resultado mensal de novembro, de queda de 0,6% para 1,3%, o pior desempenho desde janeiro de 2011 (-2,1%).
Na comparação com dezembro de 2011, informou o IBGE, a produção caiu 3,6% no mês passado, melhor do que a expectativa do mercado de queda de 4,7%. Neste caso, as projeções variaram de queda de 5,80% a 1,80%.
O cenário de crise internacional atravessa a produção de 2012. E justifica, e muito, o comportamento da produção industrial no ano passado disse André Macedo, gerente da coordenação da indústria do IBGE. O ano de 2012 ficou marcado, inicialmente, com setores importantes da indústria operando com níveis de estoque acima do padrão normal.
Foi o caso, por exemplo, do setor de automóveis.
Mas apenas o estoque não justifica a queda na produção no ano passado, acrescenta macedo:
Alguns comportamentos negativos de 2012 passam pelo maior comprometimento da renda das famílias, inadimplência elevada, lenta recuperação da confiança dos empresários e mais importados no mercado doméstico.
O resultado da indústria retrata ainda o freio nos investimentos.
Em movimento mais recente, o que se observa é o segmento de máquinas e equipamentos com estoque acima do normal disse Macedo.
Macedo acrescenta ainda que a demanda não absorveu a produção, o que produziu estoques indesejados em vários setores industriais:
Houve um descompasso entre produção e demanda. Havia uma expectativa que a demanda ia atuar de forma mais intensa, e isso não ocorreu.
Todas as categorias de uso mostraram retração no ano passado, de acordo com o IBGE, com forte destaque para a produção de Bens de capital ligado aos investimentos , que despencou 11,8% na comparação com 2011. Em dezembro sobre novembro, o segmento caiu 0,8%.
Também houve queda de 1,7% na produção de Bens intermediários, na comparação anual, e de 1% na de Bens de consumo. Segundo o IBGE, neste último segmento, a atividade de duráveis caiu 3,4% ante 2011, enquanto que a de semiduráveis e não duráveis recuou 0,3%.
O mau desempenho da indústria brasileira veio mesmo com a série de medidas de estímulos do governo em 2012, que foram desde desonerações fiscais para consumo e produção à queda da Selic para a mínima histórica de 7,25% ao ano.
(...)
Fabiana Ribeiro/O Globo/ com Reuters
Em dezembro, a produção ficou estável ante novembro, acrescentou o órgão, que também revisou fortemente o resultado mensal de novembro, de queda de 0,6% para 1,3%, o pior desempenho desde janeiro de 2011 (-2,1%).
Na comparação com dezembro de 2011, informou o IBGE, a produção caiu 3,6% no mês passado, melhor do que a expectativa do mercado de queda de 4,7%. Neste caso, as projeções variaram de queda de 5,80% a 1,80%.
O cenário de crise internacional atravessa a produção de 2012. E justifica, e muito, o comportamento da produção industrial no ano passado disse André Macedo, gerente da coordenação da indústria do IBGE. O ano de 2012 ficou marcado, inicialmente, com setores importantes da indústria operando com níveis de estoque acima do padrão normal.
Foi o caso, por exemplo, do setor de automóveis.
Mas apenas o estoque não justifica a queda na produção no ano passado, acrescenta macedo:
Alguns comportamentos negativos de 2012 passam pelo maior comprometimento da renda das famílias, inadimplência elevada, lenta recuperação da confiança dos empresários e mais importados no mercado doméstico.
O resultado da indústria retrata ainda o freio nos investimentos.
Em movimento mais recente, o que se observa é o segmento de máquinas e equipamentos com estoque acima do normal disse Macedo.
Macedo acrescenta ainda que a demanda não absorveu a produção, o que produziu estoques indesejados em vários setores industriais:
Houve um descompasso entre produção e demanda. Havia uma expectativa que a demanda ia atuar de forma mais intensa, e isso não ocorreu.
Todas as categorias de uso mostraram retração no ano passado, de acordo com o IBGE, com forte destaque para a produção de Bens de capital ligado aos investimentos , que despencou 11,8% na comparação com 2011. Em dezembro sobre novembro, o segmento caiu 0,8%.
Também houve queda de 1,7% na produção de Bens intermediários, na comparação anual, e de 1% na de Bens de consumo. Segundo o IBGE, neste último segmento, a atividade de duráveis caiu 3,4% ante 2011, enquanto que a de semiduráveis e não duráveis recuou 0,3%.
O mau desempenho da indústria brasileira veio mesmo com a série de medidas de estímulos do governo em 2012, que foram desde desonerações fiscais para consumo e produção à queda da Selic para a mínima histórica de 7,25% ao ano.
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Fabiana Ribeiro/O Globo/ com Reuters
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