A ausência do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no cenário político nacional, num momento em que aumentam as pressões para que se investigue a sua conduta em determinados escândalos, como o que envolveu a ex-chefe do escritório da Presidência da República em São Paulo Rosemary Noronha, tem chamado a atenção de analistas políticos.
Na avaliação de Marco Antonio Carvalho Teixeira, cientista político, professor e vice-coordenador do curso de administração pública da FGV, o sumiço de Lula é sintomático, sobretudo para alguém que sempre se expôs muito na mídia e não deixava os adversários sem respostas, inclusive na eclosão do caso mensalão.
"Pode ser que Lula já sentiu o golpe (desses ataques), pois o recolhimento indica que ele não tem muitas respostas a dar neste momento. Ele não foi nem na posse do prefeito eleito Fernando Haddad, seu afilhado político", reitera o professor. Carvalho Teixeira - autor da expressão "efeito teflon de Lula", para designar que nada grudava na imagem do então presidente que pudesse comprometer a sua popularidade, quando estourou o escândalo do mensalão - acredita que toda essa pressão sobre o petista pode vir a afetar a sua imagem, inclusive fora do País.
"É bom lembrar que todo teflon (material antiaderente) tem o seu prazo de validade", reitera.
Sumiço' de Lula chama atenção de analistas
ELIZABETH LOPES/ ESTA
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