"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

maio 30, 2012

brasil maravilha 300/200/100%? Bovespa recua 13% no mês e está perto de ter pior maio da década


A Bovespa acompanhou a perda de seus pares no exterior e registrou a pior pontuação do ano.

Mais uma vez, o mau humor generalizado foi motivado pelo cenário internacional, com a divulgação de pesquisas de opinião na Grécia e dados fracos na Europa e nos EUA. As blue chips – Vale e Petrobrás – e o setor de construção contribuíram para a performance negativa.

O Ibovespa encerrou com declínio de 1,53%, aos 53.797,91 pontos – esta é a pior pontuação desde 10 de outubro de 2011 (53.273,11 pontos). Com isso, a Bolsa ampliou a queda no mês para 12,98% e já tem a pior perda para um mês de maio na década.

Se a tendência negativa for mantida amanhã, último dia do mês, o índice pode registrar o pior desempenho para um mês de maio desde igual período de 1998, quando a Bolsa caiu 15,68%.

No ano, o declínio é acumulado é de 5,21%. Na mínima do dia, o índice caiu 53.382 pontos (-2,29%) e, na máxima, 54.632 pontos (estável). O giro financeiro ficou em R$ 6,472 bilhões.

Para Bruno Gonçalves, analista da Alpes Corretora, a Bolsa ainda tem espaço para cair mais, principalmente porque os problemas não foram resolvidos. “Existe a preocupação se a Grécia vai conseguir fazer um governo de coalização, após as eleições, e manter os compromissos acordados até agora. Também há temores com o sistema financeiro europeu”, disse.

Petrobrás acompanhou a queda do petróleo no mercado internacional e registrou declínio de 2,29% a ação ON e 2,65% a PN. Na Nymex, o contrato da commodity com vencimento em julho caiu 3,24%, a US$ 87,82.

Vale também acompanhou as commodities metálicas e caiu 0,59% na ON e 0,41% na PNA. Na London Metal Exchange (LME), os contratos de metais básicos fecharam com forte recuo, também com preocupações com a crise da dívida na zona do euro. Na rodada livre de negócios (kerb) da tarde na LME, o contrato de cobre para três meses perdeu 2,5%, fechando a US$ 7.475,00 a tonelada.

O setor de construção, voltou a ter dia de perda, mas sem nenhum motivo novo aparente. Cyrela (-1,71%),
Rossi Residencial (-3,56%),
Brookfield (-4,55%)
e MRV (-5,88%).

Entre os destaques de queda do índice, figuraram três ações do empresário Eike Batista. OGX (-8,36%),
MMX (-7,00%)
e LLX (-6,07%).
Segundo alguns profissionais, as empresas ainda embutem um risco maior, em razão de ainda estarem na fase inicial de produção.

Nos EUA, a Associação Nacional dos Corretores informou que número de norte-americanos que assinaram contratos para compra de moradias usadas caiu em abril para o nível mais baixo em quatro meses.

O índice sazonalmente ajustado de vendas pendentes de casas usadas diminuiu 5,5% em comparação com março, para 95,5, o dado mais fraco desde dezembro.

Nos EUA, o índice Dow Jones caiu 1,28%, o S&P 500 perdeu 1,43% e o Nasdaq caiu 1,17%.

Alessandra Taraborelli, da Agência Estado

Nenhum comentário: