A Fazenda deu três meses para montadoras, concessionárias e bancos desovarem estoques de automóveis com preços e condições de financiamento atraentes. Os empresários também terão até 31 de agosto para tirar da gaveta planos de investimentos abandonados no ano passado.
Foi ação urgente e cirúrgica para empurrar a economia no fim do 2 trimestre e fazê-la entrar no 3 num ritmo compatível com um PIB mais próximo de 4% que de 3% em 2012.
Assim, faz sentido privilegiar, de novo, a cadeia automotiva. O segmento se comunica com vários outros setores industriais, da mineração à siderurgia, das resinas petroquímicas à produção de plásticos e pneus. Sem contar o varejo. Silvio Sales, economista da FGV, estima que fabricantes de automóveis e autopeças representam 11,3% da produção industrial medida na pesquisa mensal do IBGE.
O próprio instituto admite que a cadeia se liga a um quarto da produção total. Já lojas de carros, motos e autopeças representam 35% das vendas do varejo. "A queda tanto na produção quando nas vendas no início de 2012 é o que, para o governo, justificaria nova rodada de estímulos ao setor", diz Sales.
Se a venda de carros reage, a economia vai junto.
É a aposta da vez.
Negócios & CIA O Globo
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