No caso de Celso Amorim, de acordo com oficiais-generais da ativa ouvidos pelo Estado, que não podem se pronunciar para não serem punidos por descumprirem o regulamento disciplinar e quebra de hierarquia, a situação ainda é mais delicada porque todos conhecem as posições do ex-chanceler durante sua passagem pelo Itamaraty, quando "contrariou princípios e valores" dos militares.
Apesar de toda contrariedade, os militares, disciplinados, não tomarão nenhuma atitude contra Amorim. Não há o que fazer, além de bater continência para o ocupante de uma das carreiras que os militares mais têm rivalidade. Para os militares, a escolha de Amorim tem "o dedo de Lula", dizem.
Dilma Rousseff é a presidente da República e cabe a ela escolher o novo ministro da Defesa e aos militares acatarem a decisão.
"É quase como nomear o flamenguista Márcio Braga para o cargo de presidente do Fluminense ou do Vasco, ou vascaíno Roberto Dinamite como presidente do Flamengo", comentou um militar, recorrendo a uma analogia futebolística e resumindo o sentimento de "desgosto" da categoria.
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