"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

julho 04, 2011

Nascimento chegou a ser humilhado em sessão com Dilma .

A presidente Dilma Rousseff não é exatamente uma fã do trabalho do ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, e não é de hoje.

Responsável pela maior parcela do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) tocada exclusivamente com recursos do Orçamento, ele é alvo de cobranças implacáveis desde o governo passado.

Certa vez o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva chamou Nascimento para perguntar por que o PAC não andava. O ministro respondeu que faltava dinheiro.

Lula, então, fez uma cobrança a Dilma - na ocasião ministra-chefe da Casa Civil e coordenadora do programa -, que marcou uma espécie de acareação entre as equipes dos Transportes e do Tesouro Nacional.

Obra por obra, Dilma foi mostrando que havia problemas de toda ordem a atrasar os empreendimentos, nenhum de responsabilidade do Ministério da Fazenda. "Isso é falta de dinheiro, Alfredo? Não é!", repetia ela a cada quadro. Ao final, humilhado, Nascimento teve de admitir que estava "rodeado de incompetentes".

A sessão deu aos participantes o direito a uma demonstração do mais puro estilo Dilma.

A certa altura, ela pediu as tabelas sobre o andamento das ferrovias, que estavam com um assessor do Ministério dos Transportes. Nervoso, o funcionário não conseguia abrir sua bonita pasta de couro para retirar os papéis.

Dilma não teve dúvidas: pegou uma tesoura e cortou a pasta.

Isso, depois de dizer a ele que não tinha o dia inteiro para aquilo.

Renata Veríssimo e Lu Aiko Otta O Estado de S. Paulo

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