Responsável pela maior parcela do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) tocada exclusivamente com recursos do Orçamento, ele é alvo de cobranças implacáveis desde o governo passado.
Certa vez o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva chamou Nascimento para perguntar por que o PAC não andava. O ministro respondeu que faltava dinheiro.
Lula, então, fez uma cobrança a Dilma - na ocasião ministra-chefe da Casa Civil e coordenadora do programa -, que marcou uma espécie de acareação entre as equipes dos Transportes e do Tesouro Nacional.
Obra por obra, Dilma foi mostrando que havia problemas de toda ordem a atrasar os empreendimentos, nenhum de responsabilidade do Ministério da Fazenda. "Isso é falta de dinheiro, Alfredo? Não é!", repetia ela a cada quadro. Ao final, humilhado, Nascimento teve de admitir que estava "rodeado de incompetentes".
A sessão deu aos participantes o direito a uma demonstração do mais puro estilo Dilma.
A certa altura, ela pediu as tabelas sobre o andamento das ferrovias, que estavam com um assessor do Ministério dos Transportes. Nervoso, o funcionário não conseguia abrir sua bonita pasta de couro para retirar os papéis.
Dilma não teve dúvidas: pegou uma tesoura e cortou a pasta.
Isso, depois de dizer a ele que não tinha o dia inteiro para aquilo.
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