"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

julho 04, 2011

Investidor pessoa física retira R$ 3,7 bi da Bolsa.Saldo negativo é 170% maior que o de estrangeiros.


Os pequenos investidores estão batendo em retirada da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) este ano, movidos pelas perdas acumuladas com as ações - de 8,53% pelo Ibovespa, índice de referência do mercado brasileiro - e atraídos por ganhos cada vez maiores nas aplicações de renda fixa.

Com forte queda no ano, cresce transferência de recursos para a renda fixa. Saldo negativo é 170% maior que o de estrangeiros

Segundo dados da BM&FBovespa, o saldo líquido de pessoas físicas - diferença entre compras e vendas de ações - está negativo em R$3,7 bilhões este ano até a última terça-feira.
Somente em junho as vendas superaram as compras de papéis em R$1 bilhão.


Além disso, nas corretoras, foram fechadas quatro mil contas este ano, ou seja, investidores que desistiram completamente do mercado. O volume no ano é 170% maior que o resultado negativo dos investidores estrangeiros, de R$1,3 bilhão.


Os dados são tão ruins que a BM&FBovespa reviu e vai divulgar em breve um novo prazo para atingir sua meta de atrair cinco milhões de pessoas físicas para a Bolsa, número trabalhado com muito simbolismo desde o ano passado.
O prazo atual para isso ocorrer é 2014.


Segundo analistas, o mau momento do mercado está relacionado principalmente aos problemas da dívida da Grécia.
Mas lembram que o forte tombo das ações preferenciais (PN, sem voto) de Petrobras e Vale, xodós dos pequenos investidores, tiveram um papel importante nos resultados.


Os papéis recuam 11,33% e 1,97% este ano, respectivamente.


- Os últimos anos foram de muita volatilidade na Bolsa e o investidor brasileiro é muito avesso ao risco. Ele prefere sair antes que perca o que recuperou depois da crise financeira internacional - diz João Pedro Brugger, da Leme Investimentos. -

Esses são os mesmos fatores que levam investidores estrangeiros a retirarem R$1,3 bilhão da Bolsa este ano.


BM&FBovespa considera movimento natural

Bruno Villas Bôas O Globo

Nenhum comentário: