"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

julho 07, 2011

Inflação de serviços não dá trégua e sobe 8,74% (12 meses)

Os números divulgados hoje pelo IBGE mostram que a inflação de serviços é a vilã da vez, não dá trégua, como os brasileiros já perceberam, apesar de o IPCA de junho ter desacelerado por conta da queda dos preços dos alimentos e dos transportes, que também já pressionaram bastante.

Enquanto a inflação geral acumula alta de 6,71% em 12 meses, os serviços subiram 8,74% - taxa ainda maior que a registrada até maio (8,54%).
Como representam 25% do IPCA e sobem quase 9% em 12 meses, metade da meta de 4,5% é consumida pelos serviços, segundo o economista Luis Otávio Leal, do Banco ABC Brasil.

Para se ter uma ideia, só no primeiro semestre deste ano, os serviços avançaram 5,86%, bem mais do que o IPCA, que acumula alta de 3,87% (60% do teto da meta na metade do ano).

O aluguel, por exemplo, já subiu 5,87% nesses seis primeiros meses, segundo o IBGE. Empregado doméstico (5,48%),
estacionamento (9,56%),
manicure (5,94%),
colégio (7,97%)
e cabeleireiro (5,13%) são outros exemplos que mostram a pressão dos serviços na inflação do primeiro semestre.

Enfrentar a alta desses preços é o grande desafio do BC, na opinião do economista Luis Otávio Leal:
- O que está pressionando a inflação para cima é o salário, refletido nos preços dos serviços, que permaneceram praticamente estáveis com relação aos níveis de maio (0,60% contra 0,59%), mesmo com a queda de 0,32 p.p. do índice geral.

Isso demonstra que a pressão desse grupo, que tanto preocupa economistas e o próprio BC, não parece arrefecer - diz o economista.

Valéria Maniero/Globo

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