As empreiteiras que têm contratos com o Ministério dos Transportes abasteceram 77% dos cofres de campanha do PR nas eleições de 2010.
O partido comanda a pasta desde 2003.
Se não fosse o financiamento das construtoras que realizam obras rodoviárias com recursos do ministério, o PR teria sido contemplado com apenas R$ 6,3 milhões do total de R$ 27,5 milhões que formaram a receita do diretório nacional em 2010.
O PR é o único partido que se mantém, majoritariamente, com recursos de empresas que prestam serviços ao ministério, chefiado pela própria legenda.
Partidos de maior cacife na Esplanada, como PT e PMDB, receberam quantias bem menores, proporcionalmente ao montante de receita de construtoras relacionadas ao Ministério dos Transportes e, consequentemente, ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).
Dos R$ 130 milhões que financiaram o Diretório Nacional do PT nas eleições do ano passado, R$ 38 milhões (29%) foram destinados por construtoras que realizam obras pagas com orçamento do Ministério dos Transportes.
No caso do PMDB, principal legenda aliada ao Planalto, mas que também não tem força na pasta comandada pelo PR, 48% dos recursos recebidos no pleito de 2010 vieram de construtoras que têm vínculo com o ministério.
A crise que atingiu o partido após a substituição de Alfredo Nascimento por Paulo Sérgio Passos no comando do ministério ligou o sistema de alerta na cúpula, que já se preocupa com o desempenho da legenda nas eleições de 2012.
Em 2009, o partido ampliou a bancada, ao receber sete deputados.
Correligionários do presidente do PR, deputado Valdemar Costa Neto, temem que o partido possa não continuar tão atrativo com a perda de comando do ministério e que haja uma debandada se a legenda decidir romper com o governo rumo à oposição.
Isso porque os parlamentares que optaram por mudar de partido para se posicionar no PR são contemplados, direta e indiretamente, pela verba das empreiteiras. Dos sete deputados que trocaram de legenda e desembarcaram no Partido da República entre os pleitos de 2006 e 2010, cinco aumentaram as receitas eleitorais.
Os outros dois só não estão na lista dos beneficiados porque não concorreram no ano passado. O deputado pelo Maranhão Davi Alves Silva Júnior, por exemplo, trocou o PDT pelo PR em 2009 e viu sua receita eleitoral aumentar sete vezes em 2010.
Ele recebeu R$ 81 mil em 2006 na disputa para uma vaga na Câmara, enquanto no ano passado foi contemplado com R$ 638 mil. Dessa quantia, R$ 608 mil foram repassados pelo diretório nacional do PR ao então candidato.
O parlamentar não foi localizado pela reportagem.
Outro lado
O PR informou, por meio da assessoria, que não comenta contratos de receitas com o ministério. O partido alega que não discrimina empresas pela natureza ou clientela ou se ela presta serviços ao único ministério chefiado pela pasta.
Na avaliação do PR, a tendência da legenda é crescer nos próximos anos e não existe razão para identificar qualquer processo de redução. Membros da sigla avaliam ainda que o partido vem crescendo desde 2002, quando sequer tinha representação na Esplanada.
Josie Jeronimo e Leandro Kleber Correio Braziliense
O partido comanda a pasta desde 2003.
Se não fosse o financiamento das construtoras que realizam obras rodoviárias com recursos do ministério, o PR teria sido contemplado com apenas R$ 6,3 milhões do total de R$ 27,5 milhões que formaram a receita do diretório nacional em 2010.
O PR é o único partido que se mantém, majoritariamente, com recursos de empresas que prestam serviços ao ministério, chefiado pela própria legenda.
Partidos de maior cacife na Esplanada, como PT e PMDB, receberam quantias bem menores, proporcionalmente ao montante de receita de construtoras relacionadas ao Ministério dos Transportes e, consequentemente, ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).
Dos R$ 130 milhões que financiaram o Diretório Nacional do PT nas eleições do ano passado, R$ 38 milhões (29%) foram destinados por construtoras que realizam obras pagas com orçamento do Ministério dos Transportes.
No caso do PMDB, principal legenda aliada ao Planalto, mas que também não tem força na pasta comandada pelo PR, 48% dos recursos recebidos no pleito de 2010 vieram de construtoras que têm vínculo com o ministério.
A crise que atingiu o partido após a substituição de Alfredo Nascimento por Paulo Sérgio Passos no comando do ministério ligou o sistema de alerta na cúpula, que já se preocupa com o desempenho da legenda nas eleições de 2012.
Em 2009, o partido ampliou a bancada, ao receber sete deputados.
Correligionários do presidente do PR, deputado Valdemar Costa Neto, temem que o partido possa não continuar tão atrativo com a perda de comando do ministério e que haja uma debandada se a legenda decidir romper com o governo rumo à oposição.
Isso porque os parlamentares que optaram por mudar de partido para se posicionar no PR são contemplados, direta e indiretamente, pela verba das empreiteiras. Dos sete deputados que trocaram de legenda e desembarcaram no Partido da República entre os pleitos de 2006 e 2010, cinco aumentaram as receitas eleitorais.
Os outros dois só não estão na lista dos beneficiados porque não concorreram no ano passado. O deputado pelo Maranhão Davi Alves Silva Júnior, por exemplo, trocou o PDT pelo PR em 2009 e viu sua receita eleitoral aumentar sete vezes em 2010.
Ele recebeu R$ 81 mil em 2006 na disputa para uma vaga na Câmara, enquanto no ano passado foi contemplado com R$ 638 mil. Dessa quantia, R$ 608 mil foram repassados pelo diretório nacional do PR ao então candidato.
O parlamentar não foi localizado pela reportagem.
Outro lado
O PR informou, por meio da assessoria, que não comenta contratos de receitas com o ministério. O partido alega que não discrimina empresas pela natureza ou clientela ou se ela presta serviços ao único ministério chefiado pela pasta.
Na avaliação do PR, a tendência da legenda é crescer nos próximos anos e não existe razão para identificar qualquer processo de redução. Membros da sigla avaliam ainda que o partido vem crescendo desde 2002, quando sequer tinha representação na Esplanada.
Josie Jeronimo e Leandro Kleber Correio Braziliense
2 comentários:
Entendi, gosto desse blog e vou continuar seguindo...
O meu blog não tem nada a ver com política, porque não gosto, **desculpe, volte /Mery
Abraços.
Volto sempre.
Também entendi! É o caso de água e óleo.
Foi um lapso . Mas, tenha certeza de que ao contrário de você, gosto do seu conteúdo, tanto que, se me permite, seu blogue permanecerá na minha lista.
A política é "meio" pesada, e é sempre bom haver uma pluraridade de textos, para a "desintoxicação".
Obrigado.
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