"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

junho 20, 2010

SERRA : GOVERNO PRIVATIZA DINHEIRO PÚBLICO.

"Uma das grandes farsas do Brasil de toda a discussão é a questão de privatização. Quando chega no governo, não só não volta para atrás, como dá dinheiro para elas", afirmou Serra durante o programa Roda Viva, da TV Cultura.

"Chegou a se dar dinheiro subsidiado, porque o governo emite dívida pública, pega o dinheiro da dívida e empresta por um juro menor que está pagando pela dívida pública para uma empresa comprar a outra... é um modelo curioso de privatização do dinheiro público", acrescentou.

Questionado se o BNDES continuaria incentivando a formação de grandes empresas nacionais, Serra ponderou.

"Se for para formar capital novo num setor que for fundamental, eu não sou contra... não sou contra uma empresa comprar a outra, mas você vai dar dinheiro público subsidiado? Todos os contribuintes do Brasil vão pagar para uma empresa comprar outra? Não tem sentido", disse.

O BNDES tem tido participação, por exemplo, na internacionalização de empresas do setor de carne.

O tucano foi além.

Defendeu a concessão de aeroportos. No entanto, demonstrou irritação quando um jornalista o questionou sobre o modelo de concessões de estradas adotado por São Paulo, Estado que governou até o início de abril, e o alto preço dos pedágios nessas rodovias.

O candidato argumentou que as estradas paulistas são consideradas as melhores do Brasil, complementando que a crítica é "trololó" petista repetido pela imprensa.

Macroeconomia

Indagado sobre o que mudaria na atuação do Banco Central, Serra voltou a criticar a demora da autoridade monetária para baixar os juros durante a crise financeira global.

Acrescentou que, em seu governo, o BC ia "trabalhar direito" e "errar menos".

Serra alertou para os riscos referentes ao déficit de conta corrente e criticou a entrada de capital especulativo no país.

"Se a economia tiver crescendo sustentadamente, é a melhor maneira de entrar capital produtivo. O que entra no Brasil hoje é dinheiro para especular."

Ele ainda defendeu o corte dos gastos públicos e que o governo federal também passe a se enquadrar totalmente na Lei de Responsabilidade Fiscal.

Declarou ser favorável a tornar permanente a Zona Franca de Manaus.

Íntegra :
Governo Lula faz privatização do dinheiro público, diz Serra

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