A temporada de indicadores econômicos com crescimento chinês ficou para trás. A realidade do segundo trimestre mostra uma moderação do ritmo da atividade econômica, embora não um tranco.
A queda da produção industrial em abril foi puxada pelo recuo de 0,8% dos bens semi e não duráveis, como destaca o economista-chefe da LCA Consultores, Bráulio Borges.
O destaque negativo foi o tombo de 10,9% do setor de bebidas, que se deu depois de uma expansão forte no mês anterior, de 7,8%.
Entre os 76 subsetores industriais, 49% tiveram alta em abril na comparação com o mês anterior, o menor percentual desde março de 2009, destaca o Credit Suisse. Em março, eram 83%.
"O resultado de abril reforçou a nossa leitura de que o ritmo de crescimento da produção industrial nos próximos meses será menor do que o apresentado no período da recuperação da crise, entre o segundo trimestre de 2009 e o primeiro trimestre de 2010", dizem os economistas do Credit Suisse.
"É muito mais fácil a atividade se recuperar do que crescer", resume Borges, lembrando que a produção só voltou ao nível pré-crise em março.
Borges ressalta que alguns indicadores de maio confirmam o ritmo mais moderado. Além das vendas de veículos, ele cita a média diária das importações, que recuou 2,1% em relação a abril, feito o ajuste sazonal.
As compras externas são muito influenciadas pela produção industrial, lembra ele.
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