"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

junho 02, 2010

R$ 1,2 bilhão em contratos suspeitos.

Samanta Sallum e Ana Maria Campos/Correio

Polícia Civil e Ministério Público concluíram o inquérito que detalha esquema de gastos irregulares no governo, de 1999 a 2008. Denúncia, encaminhada à Justiça, aponta formação de quadrilha e conluio em licitação

A Polícia Civil, o Tribunal de Contas e o Ministério Público do DF têm, juntos, um farto material de investigação que denuncia o crime enraizado no Governo do Distrito Federal.

Apurações que se desdobram em outras, que por sua vez dão origem a terceiras, num ciclo sem fim. Das formas mais variadas, em diversos momentos de gestão, as irregularidades apontam para a mesma coisa: gastos ilegais de dinheiro público.

A última operação concluída é a Terabyte, cujo alvo foram os contratos de empresas de informática do GDF no período entre 1999 e 2008. O relatório final apontou os crimes de formação de quadrilha, fraude e dispensa ilegal de licitação.

Auditorias do Tribunal de Contas do DF (TCDF), inquéritos da Polícia Civil, alguns abertos a pedido do Ministério Público, formam agora um conjunto de provas contundentes do esquema que fez muito dinheiro público escoar para atender interesses particulares.

No apanhado de apurações, constatou-se fraudes para retirar o caráter competitivo das contratações (veja arte). Havia conluio entre as empresas, que combinavam previamente os preços a serem apresentados nas propostas.

E elas eram todas superfaturadas.

Relatório do TCDF destaca que a Codeplan “em total descaso, aumentava, ano a ano, os valores contratados, alçando a absurda quantia de R$ 1, 2 bilhão”.



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