Fernando Travaglini/Valor Econômico
Depois de 18 semanas de elevação consecutiva, os agentes financeiros consultados pelo Banco Central (BC) para a elaboração do Boletim Focus mantiveram no mesmo patamar, em 5,67%, a projeção do IPCA para o fim do ano.
A mediana das expectativas para o próximo ano indica estabilidade em 4,8% há sete semanas. Para os 12 meses à frente, o índice recuou de 4,81%, no levantamento anterior, para 4,76% na última pesquisa, do dia 28 de maio.
Os demais índices caminharam em direções opostas. Os analistas reforçaram o prognóstico de IGP-DI em 8,73%, mas ampliaram a expectativa para o IGP-M, de 8,75% para 8,82%.
No caso do IPC-Fipe, no entanto, a perspectiva teve leve redução, de 5,45% para 5,44% .
Os analistas mantiveram suas expectativas em uma nova elevação de 0,75 ponto percentual para a taxa Selic. O Comitê de Política Monetária do Banco Central se reúne na próxima semana para definir a meta para a taxa básica de juros.
O aperto total esperado pelo mercado para este ciclo de alta continua em 300 pontos bases, fechando o ano em 11,75% ao ano.
Com relação ao crescimento do PIB, houve nova revisão para cima dos números, elevando a expansão de 6,46% para 6,47%. Para 2011, a medida das projeções se manteve em 4,5%.
Não houve alteração para a taxa de câmbio em US$ 1,8 no fechamento do ano.
Os problemas na Europa começam a repercutir nas projeções. A expectativa de investimento estrangeiro direto (IED) caiu pela segunda semana consecutiva, para US$ 36,5 bilhões, enquanto o déficit da conta corrente avançou para US$ 48,1 bilhões.
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