Candidata petista à Presidência, a ex-ministra da Casa Civil Dilma Rousseff, rebateu ontem, em Salvador, as alegações de que não tem experiência administrativa suficiente para disputar o cargo.
"A diferença é que nós sabemos fazer e eles (candidatos da oposição) não sabem", argumentou.
Ela prosseguiu dizendo que era considerada "como os braços direito e esquerdo" do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
"Não houve um projeto do governo, no final do primeiro mandato e no segundo, que não tenha sido eu a coordenar", alegou.
"Alguns não só coordenei, como elaborei como o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o Minha Casa, Minha Vida e o Luz Para Todos."
Ela definiu como "ótima" a experiência adquirida:
"Fui secretária em Porto Alegre, duas vezes secretária do Rio Grande do Sul, ministra das Minas e Energia, presidente do conselho da Petrobrás de 2003 até sair do governo."
Primeiro Mundo.
No evento, Dilma prometeu levar o Brasil ao chamado Primeiro Mundo, dando a entender que a situação brasileira é melhor do que a de alguns países europeus.
"Estou vindo de uma viagem à Europa. Vocês sabem como estão a França, Espanha, Portugal e muitos países desenvolvidos?", perguntou à plateia, estimada em 5 mil pessoas.
"Eles têm desemprego de 20%. O Brasil está numa posição completamente diferente."
Pelo menos duas vezes, em sua fala, Dilma cometeu imprecisões.
A primeira foi ao se referir à dívida externa, quando não lembrou os números, desistiu e arrancou risos do público.
Mais tarde, chamou de "Luiz Henrique" o prefeito de Salvador, João Henrique Carneiro.
As gargalhadas voltaram, mas ela não percebeu e deixou o palanque sem fazer a correção.
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