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Correio Braziliense -
Período pré-eleitoral parece ser terreno fértil à semeadura de grandes obras, algumas necessárias, outras beirando à megalomania.
Fica sempre a interrogação:
por que não foram executadas desde o início da administração? O governo Lula não foge à regra.
Os exemplos são variados, mas vale analisar com mais precisão dois deles, pela dimensão, importância econômica e polêmica. O primeiro é o trem-bala Rio-São Paulo, projeto que há 14 anos percorre a Esplanada dos Ministérios.
No governo petista, o lançamento do edital para a obra chegou a ser previsto para maio de 2006.
Época de pré-campanha para a reeleição do presidente, o potencial eleitoral do empreendimento era incontestável:
atenderia a um público que representa 20% da população brasileira, coisa de 36 milhões de pessoas.
Passadas as eleições, o projeto entrou em banho-maria.
O novo projeto foi apresentado ao TCU no fim do ano passado. Agora, o governo tem pressa. Quer lançar o edital até junho. Se tudo der certo, a obra começa a seis meses do fim do mandato.
Também merece análise a Ferrovia Transnordestina, de importância inquestionável. Projetada desde o Império, beneficiará quatro estados, interligando os portos de Suape (PE) e Pecém (CE). Após anos de estudos, o governo Lula a iniciou em junho de 2006.
Por coincidência, às vésperas do início da campanha eleitoral.
Começou com o trecho Missão Velha (CE)-Salgueiro (PE), de apenas 96km num trajeto de 1.728km.
Iniciado o segundo mandato de Lula, foi um pouco esquecida. Em junho do ano passado, três anos após o início, o primeiro trecho ainda não estava concluído.
Dos investimentos previstos, R$ 5,4 bilhões, só haviam sido empregados R$ 259 milhões — cerca de 4,7%. Ainda assim, prometia-se entregar a obra em 2010. Mas ninguém pode negar que o governo iniciou este ano em ritmo acelerado. Mais dois trechos estão em execução: Salgueiro-Trindade (PE) e Eliseu Martins (PI)-Trindade.
Só que agora o governo admite que esses segmentos estarão concluídos no fim de 2011.
Quanto à data de término da ferrovia, seria razoável imaginar 2014. Pura coincidência.
Período pré-eleitoral parece ser terreno fértil à semeadura de grandes obras, algumas necessárias, outras beirando à megalomania.
Fica sempre a interrogação:
por que não foram executadas desde o início da administração? O governo Lula não foge à regra.
Os exemplos são variados, mas vale analisar com mais precisão dois deles, pela dimensão, importância econômica e polêmica. O primeiro é o trem-bala Rio-São Paulo, projeto que há 14 anos percorre a Esplanada dos Ministérios.
No governo petista, o lançamento do edital para a obra chegou a ser previsto para maio de 2006.
Época de pré-campanha para a reeleição do presidente, o potencial eleitoral do empreendimento era incontestável:
atenderia a um público que representa 20% da população brasileira, coisa de 36 milhões de pessoas.
Passadas as eleições, o projeto entrou em banho-maria.
O novo projeto foi apresentado ao TCU no fim do ano passado. Agora, o governo tem pressa. Quer lançar o edital até junho. Se tudo der certo, a obra começa a seis meses do fim do mandato.
Também merece análise a Ferrovia Transnordestina, de importância inquestionável. Projetada desde o Império, beneficiará quatro estados, interligando os portos de Suape (PE) e Pecém (CE). Após anos de estudos, o governo Lula a iniciou em junho de 2006.
Por coincidência, às vésperas do início da campanha eleitoral.
Começou com o trecho Missão Velha (CE)-Salgueiro (PE), de apenas 96km num trajeto de 1.728km.
Iniciado o segundo mandato de Lula, foi um pouco esquecida. Em junho do ano passado, três anos após o início, o primeiro trecho ainda não estava concluído.
Dos investimentos previstos, R$ 5,4 bilhões, só haviam sido empregados R$ 259 milhões — cerca de 4,7%. Ainda assim, prometia-se entregar a obra em 2010. Mas ninguém pode negar que o governo iniciou este ano em ritmo acelerado. Mais dois trechos estão em execução: Salgueiro-Trindade (PE) e Eliseu Martins (PI)-Trindade.
Só que agora o governo admite que esses segmentos estarão concluídos no fim de 2011.
Quanto à data de término da ferrovia, seria razoável imaginar 2014. Pura coincidência.
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