"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

maio 26, 2010

MAIS UM CAPÍTULO DO CASO BANCOOP.

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Fausto Macedo / O Estado de S.Paulo

O empresário Andi Roberto Gurczynska, que trabalhou como segurança para a cúpula da Cooperativa Habitacional dos Bancários (Bancoop), declarou ontem na Assembleia Legislativa de São Paulo que emitia notas de serviço para a entidade e, em contrapartida, recebia em sua conta depósitos de valor "dez vezes superior".

A diferença, contou, era resgatada depois e levada ao então presidente da Bancoop, Luís Malheiro, e a outros diretores.

"Era voz corrente que (o dinheiro) ia para o PT", disse Andi, em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga supostas fraudes e desvios na cooperativa fundada por um núcleo ligado ao Partido dos Trabalhadores.

Segundo Andi, ele próprio escoltava Malheiro até o Sindicato dos Bancários, na ocasião dirigido por João Vaccari Neto, hoje secretário de Finanças e Planejamento do PT.

Nessas visitas ao sindicato, Malheiro levava envelopes, supostamente os mesmos que haviam sido retirados da agência bancária.

Eu era segurança pessoal, chefe da segurança da direção da Bancoop e fazia a escolta dele (Malheiro)", disse. "Eu era mais ligado diretamente a ele do que a qualquer outra pessoa lá dentro."

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