Gabriel Caprioli/Correio
O monstro da inflação está apontando as suas garras e ameaçando os brasileiros novamente. O bolso dos consumidores e o caixa dos produtores ficaram bem mais apertados com a alta dos preços em maio, avançando 1,19% no mês e acumulando 4,79% no ano, segundo o Índice Geral de Preços ao Mercado (IGP-M), calculado pela Fundação Getulio Vargas.
O indicador não subia tanto em um único mês desde julho de 2008. O produto que mais afetou o indicador foi o minério de ferro, insumo da indústria siderúrgica, usado em diversos produtos, como automóveis e eletrodomésticos.
Somente em maio, o mineral ficou 49,76% mais caro, ante a queda de 1,06% em abril.
Apesar de não ser utilizado oficialmente como diretriz para o controle da inflação — o Banco Central utiliza o IPCA — o IGP-M serve de base para o reajuste de vários itens da economia.
Este índice, de janeiro a maio, já acumula alta superior à meta de 4,5% definida pelo governo para todo o ano.
Até abril (o dado de maio ainda não foi divulgado), o IPCA totalizava 2,65%.
Indicador de reajustes
O IGP-M registra alterações de preços de matérias-primas agrícolas e industriais e de bens e serviços consumidos pelas famílias. É calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) com base em preços pesquisados entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência.
É usado na correção de contratos de aluguel, energia elétrica, TV por assinatura e outros.
Nenhum comentário:
Postar um comentário