"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

maio 21, 2010

DÍVIDA CHEGA À R$ 1,5 tri.


Avanço em abril foi de 6% na comparação com março. Salto se deve à emissão líquida de ativos no valor de R$ 80 bilhões feita pelo Tesouro Nacional

Enquanto o governo procura capitalizar a tentativa de conter gastos correntes, anunciando aumento no bloqueio de recursos do orçamento, o Tesouro Nacional segue ampliando a dívida pública federal, que explodiu em abril e atingiu R$ 1,585 trilhão no mês, crescimento de 6,02% na comparação com março.

O avanço é explicado, basicamente, pela emissão líquida de ativos da ordem de R$ 80 bilhões. Desse total, R$ 74,33 bilhões foram lançados em favor do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que deve utilizar os recursos para conceder crédito.

A dívida interna, que representa 94,19% do total, aumentou 6,61% no mês passado e somou R$ 1,492 trilhão. Os compromissos externos do Tesouro cresceram 2,73% em relação a março e somaram R$ 92,16 bilhões.

Estrangeiros

A fatia da dívida interna que está em posse de investidores estrangeiros aumentou em termos nominais de R$ 121,5 bilhões em março para R$ 126,4 bilhões em abril. Apesar da elevação, a participação em termos percentuais caiu de 8,87% para 8,63%.



O Ministério do Planejamento elevou, timidamente, a previsão para o crescimento da economia brasileira neste ano de 5,2% para 5,5%, na segunda avaliação do orçamento da União. O número é menor do que as projeções feitas pela própria equipe econômica, que acredita em expansão do Produto Interno Bruto (PIB) entre 5,5% e 6%.

Taxa de juros

O governo ampliou ainda a projeção de inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 5% para 5,5% em 2010, patamar acima do centro da meta de 4,5%. O IPCA é a inflação oficial do país.
A projeção para a média da taxa básica de juros também aumentou, e, de acordo com o governo, passou de 8,70% para 9,19%.

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