A Petrobras pode enfrentar atrasos em seu plano de capitalização porque a certificação do valor dos barris a serem utilizados no plano de troca por ações pode levar mais tempo do que esperado, disse o Credit Suisse em relatório na segunda-feira.
A empresa descartou um novo empréstimo no mercado, porque isso ampliaria sua dívida e ela poderia perder a sua posição de grau de investimento.
O Credit Suisse, citando a imprensa local, disse em uma nota que a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) pode não finalizar até o final de agosto um estudo sobre o valor dos 5 bilhões de barris de petróleo de áreas não licitadas do pré-sal, que seriam trocados indiretamente por ações da estatal.
Isso atrasaria em vários meses a transação, que ainda precisa ser aprovada pelo Congresso.
As ações preferenciais da Petrobras apresentavam nesta segunda-feira, por volta das 15h30, queda de 0,97%, para R$ 33,68, por conta da queda do preço do petróleo.
"O atraso na avaliação do valor pela ANP pode se tornar um gargalo para o acordo", disseram os analistas do Credit Suisse, liderados por Emerson Leite.
A nota acrescenta ainda que a Petrobras pode finalizar o plano de capitalização com uma avaliação experimental, que poderia ser revisada mais tarde.
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