O STF (Supremo Tribunal Federal) pode decidir nesta quinta-feira questão de ordem do ministro Joaquim Barbosa sobre a inclusão do nome do presidente Luiz Inácio Lula da Silva entre os réus do mensalão do PT.
Na semana passada, o tribunal acabou adiando a discussão. Barbosa havia revelado a interlocutores que pediria a análise da questão, mas a sessão do STF acabou cancelada antes do horário previsto para o seu encerramento porque vários ministros tiveram que se ausentar da Corte.
Segundo a colunista Mônica Bergamo, da Folha, Barbosa dividirá com os outros colegas da Corte uma das decisões mais polêmicas do caso: a de incluir o presidente Lula como réu no processo.
O pedido já foi feito reiteradas vezes por advogados do ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ), que denunciou o pagamento de mesada aos parlamentares e acabou sendo ele próprio denunciado.
De acordo com a colunista, o argumento de Jefferson é o de que, como vários ministros do governo foram acusados de participar do esquema, isso indicaria a co-participação do presidente.
Até agora, Barbosa negou os pedidos dos advogados, já que o própria Procuradoria-Geral, que denunciou o mensalão ao Supremo, excluiu o presidente do processo. O ministro, no entanto, acha mais apropriado que a decisão final seja tomada por todos os ministros.
Depois de anos sob o cinismo do : não via, não ouvia, não sabia e traição, "orientado" tem uma estratégia reciclada ( a senha para a exclusão) :
Reportagem da Folha afirma que Lula vai reconhecer pela primeira vez que ouviu em março de 2005 de Jefferson o alerta sobre o esquema para a compra de congressistas aliados, o mensalão. Isso acontecerá em resposta a questionário do Ministério Público Federal que consta de processo no STF. O mensalão foi revelado em entrevista do petebista à Folha três meses depois.
O presidente responderá que não conhece pessoalmente o publicitário Marcos Valério operador do maior escândalo de corrupção do governo petista. Dirá que o publicitário nunca esteve na Granja do Torto, uma das residências oficiais da Presidência.
Lula afirmará também que pediu investigação informal ao então ministro Aldo Rebelo e ao líder do governo na Câmara na época, Arlindo Chinaglia. Segundo ele, recebeu a resposta de que não havia provas.
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