Vicente Nunes/Correio Braziliense
O mercado financeiro acendeu o sinal de alerta em relação à inflação.
Ainda que a grande maioria dos analistas não veja o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) se distanciando muito do centro da meta de 4,5% perseguidos pelo Banco Central, está se formando o consenso de que a taxa final deste ano ficará mais próxima de 5%.
Há pouco mais de um mês, o quadro era o oposto: o grosso dos especialistas via o índice oscilando entre 4,2% e 4,3%, ou seja, abaixo do objetivo fixado pelo governo.
A mudança nas projeções ocorreu depois de os economistas recalcularem as estimativas para o IPCA de janeiro, que será divulgado na próxima sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A taxa esperada praticamente dobrou, atingindo até 0,71%, índice que, quando anualizado, aponta para inflação de quase 9% — o dobro da meta oficial.
E mais: com o resultado de janeiro, o IPCA acumulado em 12 meses ficará acima de 4,5%, fato que não se via desde junho de 2009, quando cravou 4,80%.
Leia íntegra do Boletim Focus
Começo perigoso
Victor Martins
A inflação, que deu uma leve trégua em 2009, assustou o consumidor em janeiro.
O Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), apresentou variação de 1,29% — maior resultado desde fevereiro de 2003, quando atingiu 1,55%.
Reajustes em tarifas de ônibus em São Paulo e aumentos em cursos escolares figuram como os algozes do mês e são responsáveis por mais da metade da inflação.
A chuva também colaborou para deixar o custo de vida mais alto.
Os alimentos in natura aparecem em terceiro lugar no ranking de vilões, pois as hortaliças ficaram 0,12% mais caras e as frutas, 0,11%.
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