"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

março 26, 2010

A CANALHA PT/DILMA/APEOESP/BEBEL E A BABEL.

No primeiro post que escrevi sobre a greve da Apeoesp — que não deve ser confundida com greve de professores , afirmei que os fascistas haviam, em passado recente, queimado livros em praça pública, como se fazia na Alemanha hitlerista.

Como se fazia em Fahrenheit 451, o excelente filme de François Truffaut, baseado no romance de Ray Bradbury.

A turma da Bebel, presidente do sindicato, também acha que ler faz as pessoas infelizes — por isso, inclusive, opõe-se a qualquer forma de promoção por mérito no magistério. Mas volto ao ponto.

Quando afirmei que os apeoespentos haviam queimado livros, Bebel negou; sustentou, apesar das provas, que era uma acusação mentirosa. Agora vejam esta foto de Ernesto Rodrigues, da Agência Estado.

apeoesp-queima-livros

Aqui mais fotos do confronto

São os comandados de Bebel queimando livros na manifestação de hoje. Ela marcou a assembléia para o Palácio dos Bandeirantes, onde sabe que as concentrações são proibidas.

Estava em busca de confronto com a polícia, que se limitou a interromper as vias de acesso que conduzem ao palácio.

Os soldados não havia tocado numa caspa dos Remeletões & Mafaldonas, o que deixou a turba frustrada. Então eles deram um jeito:

no cruzamento da rua Wagih Assad com a avenida Giovanni Gronchi, quebraram um vaso de rua e começaram a atirar pedras nos policiais, que revidaram com balas de borracha. Uma das pedras estilhaçou um carro de reportagem do Estadão.

Estes são os comandados pacíficos de Bebel: queimam livros, depredam o patrimônio público, atacam a polícia. O mais escandaloso: uma comissão da Apeoesp estava reunida com representantes do governo.

Não há acordo. Os sectários dizem que só suspendem a greve — de uma extrema minoria — se as reivindicações forem atendidas; o governo diz que só continua a conversar com o fim da greve, no que faz muito bem.

Este ato de hoje, politicamente falando, foi planejado ontem no encontro de Bebel com Dilma Rousseff. A candidata do PT é, na prática, co-responsável pela bagunça e por uma eventual tragédia que decorra do absurdo sectarismo dos militantes petistas disfarçados de sindicalistas.

Alguns dirão: “Ah, seu título força a barra…” Força? Onde estava ontem Bebel, que Dilma chamou de “querida”? No palanque da candidata, num evento de mulheres metalúrgicas, o que evidencia o caráter político-partidário do encontro.

Ou a Bebel petista é só aquela pacífica, e esta, que promove a arruaça e marca assembléia em local proibido, afrontando a lei, não é mais partidária de Dilma?

A provocação é de tal ordem que a presidente da Apeoesp marcou o próximo protesto para quarta-feira, dia 31. O sindicato faz as suas assembléias às sextas-feiras. Na quarta, Serra deixa o governo do Estado para se candidatar à Presidência.

Bebel pretende que isso se dê com as ruas de São Paulo transformadas em praça de guerra por sua tropa de choque. O ideal mesmo seria, sei lá, produzir um cadáver!!!

Bebel praticamente já combinou com as primeiras páginas dos jornais paulistas: está prevista uma foto do presidenciável tucano ao lado de outra com o “protesto” da Apeoesp — o ideal é que seja o flagrante de um policial “reprimindo” um partidário de Dilma disfarçado de professores.

Os petistas descobriram como é fácil agredir a essência da democracia e ainda aparecer nos jornais e sites noticiosos como vítimas.

Passem adiante este texto e esta foto dos partidários de Dilma queimando livros.

Eis a civilização deles!

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