No primeiro post que escrevi sobre a greve da Apeoesp — que não deve ser confundida com greve de professores , afirmei que os fascistas haviam, em passado recente, queimado livros em praça pública, como se fazia na Alemanha hitlerista.
Como se fazia em Fahrenheit 451, o excelente filme de François Truffaut, baseado no romance de Ray Bradbury.
A turma da Bebel, presidente do sindicato, também acha que ler faz as pessoas infelizes — por isso, inclusive, opõe-se a qualquer forma de promoção por mérito no magistério. Mas volto ao ponto.
Quando afirmei que os apeoespentos haviam queimado livros, Bebel negou; sustentou, apesar das provas, que era uma acusação mentirosa. Agora vejam esta foto de Ernesto Rodrigues, da Agência Estado.
São os comandados de Bebel queimando livros na manifestação de hoje. Ela marcou a assembléia para o Palácio dos Bandeirantes, onde sabe que as concentrações são proibidas.
Estava em busca de confronto com a polícia, que se limitou a interromper as vias de acesso que conduzem ao palácio.
Os soldados não havia tocado numa caspa dos Remeletões & Mafaldonas, o que deixou a turba frustrada. Então eles deram um jeito:
no cruzamento da rua Wagih Assad com a avenida Giovanni Gronchi, quebraram um vaso de rua e começaram a atirar pedras nos policiais, que revidaram com balas de borracha. Uma das pedras estilhaçou um carro de reportagem do Estadão.
Estes são os comandados pacíficos de Bebel: queimam livros, depredam o patrimônio público, atacam a polícia. O mais escandaloso: uma comissão da Apeoesp estava reunida com representantes do governo.
Não há acordo. Os sectários dizem que só suspendem a greve — de uma extrema minoria — se as reivindicações forem atendidas; o governo diz que só continua a conversar com o fim da greve, no que faz muito bem.
Este ato de hoje, politicamente falando, foi planejado ontem no encontro de Bebel com Dilma Rousseff. A candidata do PT é, na prática, co-responsável pela bagunça e por uma eventual tragédia que decorra do absurdo sectarismo dos militantes petistas disfarçados de sindicalistas.
Alguns dirão: “Ah, seu título força a barra…” Força? Onde estava ontem Bebel, que Dilma chamou de “querida”? No palanque da candidata, num evento de mulheres metalúrgicas, o que evidencia o caráter político-partidário do encontro.
Ou a Bebel petista é só aquela pacífica, e esta, que promove a arruaça e marca assembléia em local proibido, afrontando a lei, não é mais partidária de Dilma?
A provocação é de tal ordem que a presidente da Apeoesp marcou o próximo protesto para quarta-feira, dia 31. O sindicato faz as suas assembléias às sextas-feiras. Na quarta, Serra deixa o governo do Estado para se candidatar à Presidência.
Bebel pretende que isso se dê com as ruas de São Paulo transformadas em praça de guerra por sua tropa de choque. O ideal mesmo seria, sei lá, produzir um cadáver!!!
Bebel praticamente já combinou com as primeiras páginas dos jornais paulistas: está prevista uma foto do presidenciável tucano ao lado de outra com o “protesto” da Apeoesp — o ideal é que seja o flagrante de um policial “reprimindo” um partidário de Dilma disfarçado de professores.
Os petistas descobriram como é fácil agredir a essência da democracia e ainda aparecer nos jornais e sites noticiosos como vítimas.
Passem adiante este texto e esta foto dos partidários de Dilma queimando livros.
Eis a civilização deles!
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