Adriana Fernandes e Edna Simão, BRASÍLIA
Às vésperas das eleições, o governo federal poderá ter que enfrentar uma nova onda por reajuste salarial e reestruturação de carreira do funcionário público, jogando para o próximo presidente da República uma conta ainda mais salgada de gastos com pessoal.
O maior foco da pressão vem do Judiciário que cobra a aprovação, pelo Congresso, de projeto de lei que reestrutura os planos de carreira reajuste de 56,42% a mais de 100 mil servidores.
Se aprovado, o custo a mais na folha será de R$ 6,3 bilhões.
A pressão por gastos parte também da Polícia Federal, Polícia Militar, bombeiros e demitidos no governo Collor que foram anistiados.
As reivindicações, no entanto, deixaram de ter como base razões econômicas, como a inflação, e geralmente miram a equiparação com outros servidores que têm salários maiores.
Segundo o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, toda criação de uma nova despesa é preocupante.
Isso porque, na maioria dos casos, não se aponta de onde sairá a receita para bancar o gasto.
Depois de ter recebido aumento salarial em torno de 60% em 2006, os policiais federais pressionam os ministérios da Justiça e do Planejamento para conseguir um plano de reestruturação com reajuste médio de 18%.
Eles já ameaçam fazer uma greve semelhante à de 2006, também ano de eleição gerais.
Foi justamente o aumento salarial dos policiais federais que acionou o gatilho para uma série de reajustes de várias categorias do funcionalismo federal, com impacto na folha de pagamentos da União até 2011.
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