"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

fevereiro 11, 2010

GPS? É MUITO PARA ELA.

Flávia Foreque

Thiago Herdy

No ano passado, quando a ministra Dilma Rousseff comemorou o carnaval em Recife, perguntou ao prefeito da cidade, João da Costa (PT), se o maracatu era um bloco carnavalesco.

Este ano, a pré-candidata do PT ao Palácio do Planalto volta à capital de Pernambuco para curtir a data festiva, e espera não ser alvo de críticas da oposição por mais um deslize.

Na época, deputados estaduais chegaram a subir na tribuna para criticar o episódio.

“Não foi nada demais. Quem não é do estado não é obrigado a conhecer.

Quem está numa disputa política como essa vai ser mais observado”, minimiza o líder do PT na Câmara, deputado federal Fernando Ferro (PE).

A oposição, óbvio, aproveita cada ato falho da ministra para criticar sua candidatura à Presidência.
Na terça-feira, Dilma trocou Governador Valadares por Juiz de  Fora: um equívoco geográfico de pelo menos 450km - (Ronaldo de  Oliveira/CB/D.A Press - 7/2/10 )
Na terça-feira, Dilma trocou Governador Valadares por Juiz de Fora:
um equívoco geográfico de pelo menos 450km

Em visita a Minas Gerais para visitar obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), Dilma chamou a cidade em que discursava de Juiz de Fora quando, na verdade, estava no município de Governador Valadares.

Ao visitar o bairro Palmeiras com a comitiva do presidente, Dilma ainda chamou o lugar de Palmares.

“Quem de nós nunca trocou um nome de cidade?”, rebate o deputado federal Reginaldo Lopes (PT-MG).

O petista argumenta que os deslizes não têm impacto no eleitorado e que em nada interferem a capacidade de governar da candidata.


“Ela não é do ramo, confunde lugares, pessoas. Esse tipo de gafe quebra a identidade entre o candidato e o eleitor”, afirma o líder do Democratas no Senado, José Agripino (RN).
Os episódios acabam causando constrangimentos à ministra.


No ano passado, em Roraima, a troca de nomes não foi bem recebida quando a mãe do PAC participava da inauguração de um terminal de passageiros do Aeroporto Internacional de Boa Vista.

“Esse país está mudando e Rondônia mudando mais rápido que nosso país”, afirmou, para cerca de 15 mil pessoas na capital de Roraima.
Em seguida, um pequeno silêncio seguido de vaia anunciou o erro.
A ministra então desculpou-se pelo equívoco.

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Localizador

As gafes da ministra Dilma foram alvo de críticas de deputados estaduais do PSDB na Assembleia Legislativa de Minas Gerais.

Depois de discursar no plenário, o ex-secretário de Saúde do governo de Minas, o deputado estadual Marcus Pestana (PSDB), entregou um localizador por satélite (GPS) ao líder do PT, o deputado Padre João (PT), para que a ministra se oriente e não chame mais Governador Valadares de Juiz de Fora.

“Há um grande esforço dos companheiros do PT para tornar a Dilma mineira.
Mas confundir minha Juiz de Fora e Valadares é uma gafe imperdoável para uma candidata que quer ser presidente.


Por isso, peço ao Padre João que entregue esse GPS à ministra, para que ela se localize em Minas Gerais”, disse Pestana.

O deputado Lafayette Andrada (PSDB) pegou carona e levou a Padre João um mapa de Minas.
“Confundir Guarará e Maripá, cidades pequenas na Zona da Mata, é uma coisa.


Mas Valadares e Juiz de Fora, francamente, não é aceitável.

São mais de 450 quilômetros de distância, dá para atravessar Portugal quatro vezes!

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