Política monetária do Fed em relação ao BCE deve incentivar o voo de recursos para Wall Street Foto: Dominique Fager/AFP/JC
As pressões sobre o euro decorrentes dos agudos problemas fiscais de alguns países membros da zona do euro, como a Grécia, devem continuar nos próximos três meses, o que tende a desvalorizar aquela moeda em relação ao dólar dos EUA, que hoje (05) atingiu a marca de US$ 1,36.
Essa é a avaliação de vários estrategistas de bancos internacionais que atuam em Londres e Nova York ouvidos pela Agência Estado.
Há algumas instituições, como o BNP Paribas e ING, que estimam um movimento expressivo de queda do euro ante o dólar nos próximos meses, pois estimam que deve chegar em dezembro a US$ 1,27 e US$ 1,30, respectivamente.
Contudo, os executivos acreditam que a fuga para a qualidade dos investidores não deverá afetar o ingresso de capitais neste ano no Brasil, devido sobretudo às perspectivas favoráveis de crescimento do PIB e juros reais ao redor de 5,5%.
Para eles, o ingresso de recursos estrangeiros no País não deve ser afetado de forma expressiva e isso evitaria a desvalorização do real em relação ao dólar, o que poderia estimular a alta da inflação.
Um ponto comum entre estas instituições é que a volatilidade no mercado monetário que deve ocorrer nos próximos meses não deve enfraquecer de forma substancial o real ante o dólar.
"O ingresso de investimentos no Brasil provavelmente deve manter o mesmo patamar registrado no ano passado.
A ata da reunião de janeiro do Copom divulgada ontem agregou ao balanço de riscos de alta da inflação o temor de depreciação do real ante o dólar no decorrer do ano, o que poderia ser provocado basicamente pela aversão a risco de investidores.
No parágrafo 11 do documento, por exemplo, o Banco Central destaca que ocorreu desde a reunião do BC realizada em dezembro "certo aumento na volatilidade dos preços de ativos, ainda que a percepção de risco sistêmico siga limitada".
Via Agência Estado
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