RODRIGO VARGAS
da Agência Folha, em Cuiabá
O Ministério Público de Goiás denunciou sob acusação de improbidade administrativa o vice-presidente do Senado, Marconi Perillo (PSDB-GO), e outras 16 pessoas envolvidas com a contratação supostamente ilegal de uma fundação do Rio de Janeiro para a prestação de "serviços de consultoria" à companhia energética do Estado, a Celg.
Encaminhada à Justiça na semana passada, a ação aponta indícios de enriquecimento ilícito e desvio de verbas no convênio de R$ 4.524.933,45 firmado em maio de 2000 com a fundação Pro Uni-Rio --extinta em 2002, mas à época ligada à Universidade Federal do Estado Rio de Janeiro.
Então governador, Perillo autorizou a contratação. "A autorização [...] foi precedida por negociações escusas que se iniciaram em meados de dezembro de 1999", diz a ação.
As negociações, diz a Promotoria, foram conduzidas pelo então presidente do Banco do Estado de Goiás (hoje extinto), Janides Fernandes de Souza.
"O lobby praticado por Janides Fernandes em favor da Pro Uni-Rio deveu-se à sua amizade com o [...] proprietário da empresa de consultoria Nova Fase Consultores Associados, contumaz parceira da Pro Uni-Rio em contratos firmados com o Poder Público", diz o texto.
A quebra de sigilo bancário da Fundação indicou que a maior parte (R$ 3.196.865,46) do valor total do convênio, pago em parcela única à fundação em setembro de 2000, "percorreu caminhos escusos até voltar para Goiás de forma ilícita", como afirma a Promotoria.
Fernandes, segundo a denúncia, foi beneficiário de uma fatia de R$ 561.180, em razão do "frutífero lobby operado junto à CELG". .
da Agência Folha, em Cuiabá
O Ministério Público de Goiás denunciou sob acusação de improbidade administrativa o vice-presidente do Senado, Marconi Perillo (PSDB-GO), e outras 16 pessoas envolvidas com a contratação supostamente ilegal de uma fundação do Rio de Janeiro para a prestação de "serviços de consultoria" à companhia energética do Estado, a Celg.
Encaminhada à Justiça na semana passada, a ação aponta indícios de enriquecimento ilícito e desvio de verbas no convênio de R$ 4.524.933,45 firmado em maio de 2000 com a fundação Pro Uni-Rio --extinta em 2002, mas à época ligada à Universidade Federal do Estado Rio de Janeiro.
Então governador, Perillo autorizou a contratação. "A autorização [...] foi precedida por negociações escusas que se iniciaram em meados de dezembro de 1999", diz a ação.
As negociações, diz a Promotoria, foram conduzidas pelo então presidente do Banco do Estado de Goiás (hoje extinto), Janides Fernandes de Souza.
"O lobby praticado por Janides Fernandes em favor da Pro Uni-Rio deveu-se à sua amizade com o [...] proprietário da empresa de consultoria Nova Fase Consultores Associados, contumaz parceira da Pro Uni-Rio em contratos firmados com o Poder Público", diz o texto.
A quebra de sigilo bancário da Fundação indicou que a maior parte (R$ 3.196.865,46) do valor total do convênio, pago em parcela única à fundação em setembro de 2000, "percorreu caminhos escusos até voltar para Goiás de forma ilícita", como afirma a Promotoria.
Fernandes, segundo a denúncia, foi beneficiário de uma fatia de R$ 561.180, em razão do "frutífero lobby operado junto à CELG". .
Outra parcela de R$ 1,8 milhão teria sido sacada em espécie no Rio de Janeiro.
Em depoimento, uma ex-funcionária da fundação, Rita Marques dos Anjos, disse que o dinheiro teria sido buscado por um avião oficial do governo e empregado na campanha da hoje senadora Lúcia Vânia Abrão (PSDB-GO) à Prefeitura de Goiânia, em 2000.
Na ação, os promotores dizem que "não foi possível descobrir o paradeiro do alto montante sacado em espécie".
Em depoimento, uma ex-funcionária da fundação, Rita Marques dos Anjos, disse que o dinheiro teria sido buscado por um avião oficial do governo e empregado na campanha da hoje senadora Lúcia Vânia Abrão (PSDB-GO) à Prefeitura de Goiânia, em 2000.
Na ação, os promotores dizem que "não foi possível descobrir o paradeiro do alto montante sacado em espécie".
A senadora não foi denunciada.
Em outra ação proposta anteontem pela Promotoria, Perillo é acusado de usar em 2004 a propaganda de seu governo em benefício da campanha do deputado federal Sandes Júnior (PP) à Prefeitura de Goiânia.
Em outra ação proposta anteontem pela Promotoria, Perillo é acusado de usar em 2004 a propaganda de seu governo em benefício da campanha do deputado federal Sandes Júnior (PP) à Prefeitura de Goiânia.
Ambos foram denunciados por improbidade administrativa.