"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

fevereiro 18, 2013

PETEBRAS confirma vazamento na Bacia de Campos, no Norte do RJ

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A assessoria da Petrobras divulgou na manhã desta segunda-feira (18) informações sobre um vazamento na área de operação da Plataforma de Pampo (PPM-1), na Bacia de Campos. Um funcionário da Petrobras, que não quis se identificar, entrou em contato com o G1 para denunciar o vazamento, que segundo ele, acontece desde a última sexta-feira (15).

Outro funcionário da Petrobrás, que também não quis se identificar, também comentou o caso. Segundo ele, o vazamento no fundo do mar, dificulta a identificação do local exato. “Quando o vazamento é na plataforma o problema pode ser solucionado rápido, mas quando é no fundo do mar é mais difícil porque a gente só percebe quando a mancha aparece na superfície”, disse o funcionário.

O Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense, Sindipetro NF, emitiu uma nota sobre o caso neste domingo (17) e afirmou que a plataforma interrompeu a produção para verificar a situação do vazamento. Ainda segundo a nota, o acidente seria de 'pequenas proporções' com o derramamento de cerca de 30 litros e inicialmente a empresa teria informado que estancou o vazamento, mas como uma nova mancha foi encontrada, foi determinada a parada de produção para verificar as causas e a abrangência do problema.

O Sindicato questiona o fato de a Petrobras não ter conseguido identificar a origem do vazamento. “Denunciamos, há bastante tempo, as condições da integridade das plataformas, associadas ao problema de efetivo. Sem falar que a empresa não detectou de onde está saindo esse vazamento. Isso é preocupante. E se é um problema intermitente, pode ser sanado agora, mas dentro de algum tempo pode retornar”, afirmou o presidente da entidade José Maria Rangel.

De acordo com a Chefe de Fiscalização do Ibama no Rio de Janeiro, Maria Lea Xavier, a divisão técnica do Rio, bem como a sede do Ibama em Brasília não recebeu nenhum comunicado oficial da Petrobras. “Pela norma, a Petrobras tem obrigação de comunicar a todas as instâncias, inclusive a coordenação de emergência e a nós aqui no Rio de Janeiro, o que não aconteceu. Essa falta de comunicação pode acarretar em multa, de acordo com a legislação”, explicou.

Ainda segundo a chefe de Fiscalização, o volume de material derramado ainda não foi confirmado oficialmente. “Tomamos conhecimento de que inicialmente houve o derramamento de 10 litros de água oleosa. Em seguida, o sindicato informou que 30 litros teriam vazado. Vamos solicitar um relatório, fazer a avaliação e tomar as medidas administrativas cabíveis”, disse.

Ainda na tarde desta segunda-feira (18), a Petrobras encaminhou uma nota oficial ao G1 sobre o caso, confirmando que houve vazamento de 40 litros no fim de semana e que, por isso, houve uma parada na produção como medida de precaução. A nota afirma que na segunda (18) não foi observada mais nenhuma mancha de óleo no mar, que a produção da Plataforma de Pampo foi restabelecida e a causa do problema está sendo analisada.

 Segue resposta oficial da Petrobras na íntegra: 

 A Petrobras informa que foi detectada mancha de óleo próxima à Plataforma de Pampo, na Bacia de Campos, a 113 Km da costa do Rio de Janeiro, cujo volume estimado de óleo foi de 30 litros no sábado, dia 16 de fevereiro e de outros 10 litros no domingo, dia 17.

Conforme padrão operacional para esse tipo de ocorrência, a Petrobras deslocou embarcações especializadas em combate à poluição e em inspeção submarina, além de aeronaves para sobrevoar o local. Acionou, também, o Plano de Emergência Individual de Pampo e o Plano de Emergência para vazamento de óleo da Bacia de Campos. 

Como medida de precaução, a companhia interrompeu temporariamente a produção da Plataforma de Pampo. A mancha de óleo foi dispersada mecanicamente pelas embarcações especializadas, sem a necessidade de qualquer outro método de combate à poluição.

Hoje, dia 18, não foi observada mais nenhuma mancha de óleo no mar e a produção da Plataforma de Pampo foi restabelecida. A causa do vazamento está sendo analisada e as autoridades competentes foram comunicadas.

Carolina Burgos e Priscilla Alves do G1 Norte Fluminense

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