"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

dezembro 12, 2012

Marco Aurélio defende investigação de denúncias de Valério contra Lula. E Celso de Mello DIZ QUE ESTARÁ PRESENTE NA SESSÃO DE QUINTA.

O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), defendeu nesta quarta-feira a abertura de nova investigação para apurar denúncias feitas pelo operador do mensalão, Marcos Valério, em setembro. Segundo depoimento prestado pelo réu ao Ministério Público, noticiado pelo jornal O Estado de S.Paulo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sabia do esquema e recebeu dinheiro do valerioduto.

- A simples notícia de uma prática criminosa já sugere abertura de investigação. Quando juiz, defrontando-se com processo de natureza civil, verifica que um fato pode configurar crime, ele deve extrair e mandar para o Ministério Público - declarou, ao ser afrontado com a declaração do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, de que não haveria indício suficiente para abrir nova investigação.

O ministro reiterou que o depoimento de Valério não tem poder para influenciar o processo do mensalão, que já está na fase final de julgamento. Teria de ser aberto novo inquérito judicial para investigar as novas revelações.

- Caberá ao Ministério Público verificar a veracidade do depoimento. Concluindo de forma negativa, arquivará. Se ele entender que há indícios de prática criminosa, ele poderá aprofundar as investigações - explicou.

Marco Aurélio crê que o julgamento do mensalão será concluído na próxima semana a última de funcionamento do STF antes do início do recesso de fim de ano. As férias do tribunal só terminam no início de fevereiro. A sessão desta quarta-feira não foi dedicada ao processo, porque o ministro Celso de Mello não estava presente. 
 
O ministro telefonou para o presidente da Corte, Joaquim Barbosa, dizendo que estava com febre alta e não teria condições de trabalhar. Mas garantiu que estará presente na sessão desta quinta-feira.

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