A economia brasileira cresceu só 0,6% no terceiro trimestre deste ano em relação aos três meses imediatamente anteriores, segundo dados divulgados nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Analistas esperavam expansão de 1,2%, conforme mostra reportagem do GLOBO publicada nesta sexta-feira.
Em valores correntes, a produção no país somou R$ 1,098 trilhão. Na comparação com igual período no ano passado, o Produto Interno Bruto (PIB) que representa a soma de bens e serviços produzidos no país cresceu 0,9%. Nesta base de comparação, é a menor expansão em um terceiro trimestre desde 2009, quando registrou recuo de 1,6%.
O crescimento do segundo trimestre do ano foi revisado para baixo, de 0,4% para 0,2%. Com o resultado, a economia acumula crescimento de 0,7% em 2012. Nos últimos 12 meses até setembro, a alta foi de 0,9%.
Queda dos juros prejudicou resultado do setor de serviços
O setor de serviços, o que tem maior peso no PIB, não apresentou variação em relação ao segundo trimestre deste ano, impedindo um maior avanço da economia. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que o desempenho do setor foi uma surpresa, mas que o país está em recuperação e o presidente do BC, Alexandre Tombini, afirmou que a estabilidade no setor de serviços não deve se repetir.
Segundo a gerente de Contas Nacionais Trimestrais do IBGE, Rebeca Palis, o principal motivo para a estagnação dos serviços foi a atividade financeira.
O ramo de intermediação financeira (bancos, corretoras, seguradoras e outros) afetou o resultado, apresentando recuo de 1,3% ante o segundo trimestre, o maior tombo desde o quarto trimestre de 2008, marco da crise financeira global.
Isso ocorreu por uma combinação da alta da inadimplência para 5,9% no terceiro trimestre, taxa recorde desde que a série começou a ser pesquisada pelo Banco Central (BC) em 2000, e dqueda da taxa básica de juros (Selic) para 7,8% na média do período.
O último trimestre teve inadimplência recorde, prejudicando o setor. Além disso, também teve queda importante do spread bancário e da taxa de juros, influenciando a redução da atividade financeira em todas as comparações (com o segundo trimestre anterior e terceiro trimestre do ano passado). A taxa é a menor desde a época da crise. No quarto trimestre de 2008, a taxa de intermediação financeira tinha caído 2,9% em relação ao terceiro trimestre de 2008 explicou Rebeca Palis.
A queda nos investimentos também pesaram negativamente no resultado do PIB.Os investimentos, medidos pela formação bruta de capital fixo, contraíram 2% no terceiro trimestre na comparação com os três meses anteriores, e 5,6% na comparação com igual período do ano passado.
Agropecuária foi o setor que mais cresceu
Entre os setores, a agropecuária foi a que mais avançou, apresentando expansão de 2,5% no terceiro trimestre em relação aos três meses imediatamente anteriores, puxada pelo aumento na produção de café e milho, enquanto houve queda de laranja, mandioca e trigo.
A agropecuária tem peso de apenas 5,5% na economia. Por isso, a contribuição foi positiva, mas nem tanto para o PIB disse Rebeca.
Indústria cresce, mas ainda está pior que no ano passado
Na indústria, houve expansão de 1,1% ante o segundo trimestre, melhor desempenho desde o segundo trimestre de 2010. Na comparação com o terceiro trimestre do ano passado, no entanto, o setor recuou 0,9%.
O crescimento foi puxado pela indústria da transformação, que expandiu 1,5%, e pela construção civil, que apresentou alta de 0,3% na comparação com os três meses anteriores.
As demais atividades apresentaram recuo: extrativa mineral (-0,4%) e eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana (-0,5%).
Mesmo antes do resultado mais fraco deste terceiro trimestre, o governo já tinha reduzido progressivamente a expectativa de crescimento para 2012. A previsão inicial de que o ano fechasse com um PIB de 4,5% foi reduzida para 3% e, depois, para 2%. Caso seja confirmada essa última estimativa, o resultado deste ano será o pior desde 2009, quando a economia recuou 0,3%.
Para o ano que vem, o ministro da Fazenda Guido Mantega havia anunciado que aposta em um crescimento de 4%. O mercado é mais pessimista, e as projeções para o desempenho da economia só vem piorando. Nesta semana, os analistas estimaram uma expansão de 1,50% para o acumulado de 2012 e 3,94% em 2013, abaixo de 4% após 14 semanas nesse nível.
O Executivo vem adotando várias medidas para estimular a economia que incluem a prorrogação da redução do IPI para veículos, corte na taxa básica de juros para 7,25% ao ano, o menor nível na história, e também desoneração da folha de pagamento de alguns setores.
Em valores correntes, a produção no país somou R$ 1,098 trilhão. Na comparação com igual período no ano passado, o Produto Interno Bruto (PIB) que representa a soma de bens e serviços produzidos no país cresceu 0,9%. Nesta base de comparação, é a menor expansão em um terceiro trimestre desde 2009, quando registrou recuo de 1,6%.
O crescimento do segundo trimestre do ano foi revisado para baixo, de 0,4% para 0,2%. Com o resultado, a economia acumula crescimento de 0,7% em 2012. Nos últimos 12 meses até setembro, a alta foi de 0,9%.
Queda dos juros prejudicou resultado do setor de serviços
O setor de serviços, o que tem maior peso no PIB, não apresentou variação em relação ao segundo trimestre deste ano, impedindo um maior avanço da economia. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que o desempenho do setor foi uma surpresa, mas que o país está em recuperação e o presidente do BC, Alexandre Tombini, afirmou que a estabilidade no setor de serviços não deve se repetir.
Segundo a gerente de Contas Nacionais Trimestrais do IBGE, Rebeca Palis, o principal motivo para a estagnação dos serviços foi a atividade financeira.
O ramo de intermediação financeira (bancos, corretoras, seguradoras e outros) afetou o resultado, apresentando recuo de 1,3% ante o segundo trimestre, o maior tombo desde o quarto trimestre de 2008, marco da crise financeira global.
Isso ocorreu por uma combinação da alta da inadimplência para 5,9% no terceiro trimestre, taxa recorde desde que a série começou a ser pesquisada pelo Banco Central (BC) em 2000, e dqueda da taxa básica de juros (Selic) para 7,8% na média do período.
O último trimestre teve inadimplência recorde, prejudicando o setor. Além disso, também teve queda importante do spread bancário e da taxa de juros, influenciando a redução da atividade financeira em todas as comparações (com o segundo trimestre anterior e terceiro trimestre do ano passado). A taxa é a menor desde a época da crise. No quarto trimestre de 2008, a taxa de intermediação financeira tinha caído 2,9% em relação ao terceiro trimestre de 2008 explicou Rebeca Palis.
A queda nos investimentos também pesaram negativamente no resultado do PIB.Os investimentos, medidos pela formação bruta de capital fixo, contraíram 2% no terceiro trimestre na comparação com os três meses anteriores, e 5,6% na comparação com igual período do ano passado.
Agropecuária foi o setor que mais cresceu
Entre os setores, a agropecuária foi a que mais avançou, apresentando expansão de 2,5% no terceiro trimestre em relação aos três meses imediatamente anteriores, puxada pelo aumento na produção de café e milho, enquanto houve queda de laranja, mandioca e trigo.
A agropecuária tem peso de apenas 5,5% na economia. Por isso, a contribuição foi positiva, mas nem tanto para o PIB disse Rebeca.
Indústria cresce, mas ainda está pior que no ano passado
Na indústria, houve expansão de 1,1% ante o segundo trimestre, melhor desempenho desde o segundo trimestre de 2010. Na comparação com o terceiro trimestre do ano passado, no entanto, o setor recuou 0,9%.
O crescimento foi puxado pela indústria da transformação, que expandiu 1,5%, e pela construção civil, que apresentou alta de 0,3% na comparação com os três meses anteriores.
As demais atividades apresentaram recuo: extrativa mineral (-0,4%) e eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana (-0,5%).
Mesmo antes do resultado mais fraco deste terceiro trimestre, o governo já tinha reduzido progressivamente a expectativa de crescimento para 2012. A previsão inicial de que o ano fechasse com um PIB de 4,5% foi reduzida para 3% e, depois, para 2%. Caso seja confirmada essa última estimativa, o resultado deste ano será o pior desde 2009, quando a economia recuou 0,3%.
Para o ano que vem, o ministro da Fazenda Guido Mantega havia anunciado que aposta em um crescimento de 4%. O mercado é mais pessimista, e as projeções para o desempenho da economia só vem piorando. Nesta semana, os analistas estimaram uma expansão de 1,50% para o acumulado de 2012 e 3,94% em 2013, abaixo de 4% após 14 semanas nesse nível.
O Executivo vem adotando várias medidas para estimular a economia que incluem a prorrogação da redução do IPI para veículos, corte na taxa básica de juros para 7,25% ao ano, o menor nível na história, e também desoneração da folha de pagamento de alguns setores.
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