"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

agosto 31, 2012

Economia do país cresceu 0,4% no segundo trimestre, diz IBGE

A economia brasileira cresceu 0,4% no segundo trimestre na comparação com os primeiros três meses do ano, informou nesta sexta-feira o IBGE.

Em relação ao mesmo período do ano passado, a expansão do Produto Interno Bruto (PIB, conjunto de bens e serviços produzidos no país) foi de 0,5%. Em valores correntes, o PIB atingiu R$ 1,10 trilhão.


O crescimento do primeiro trimestre do ano foi revisado para baixo, de 0,2% para 0,1%. Com o resultado, a economia brasileira acumula crescimento de 0,6% no primeiro semestre deste ano o que faz dele o pior semestre desde 2009, que teve contração de 2,6% entre janeiro e julho.

Nos últimos 12 meses, a expansão foi de 1,2% em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores.


O ritmo registrado no segundo trimestre foi próximo do esperado pelos economistas do mercado financeiro, que previam crescimento de 0,5%, segundo mediana das projeções levantadas pela agência de notícias da Bloomberg. O Banco Central também acertou: há algumas semanas, seu Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) indicava que a economia cresceria 0,38% no segundo trimestre.

A estimativas ficaram entre 0,4% e 1%. A Votorantim Corretora, por exemplo, foi uma das que previu alta de 0,7%, a mesma aposta do Credit Suisse e do Bradesco Corretora. A estimativas mais altas são da WestLB e da Nomura Securities, que projetaram crescimento de 0,9%, e da Sul América Investimentos, que estimou crescimento de 1%. Já a Barclays fez uma previsão mais baixa, de 0,4%, a mesma projeção do Citibank.

Agropecuária é destaque, mas indústria encolhe 2,5%

Segundo o IBGE, o setor que mais se destacou no trimestre foi o da agropecuária, cujo crescimento foi de 4,9%.Já o setor de serviços avançou 0,7%.

Confirmando os resultados ruins divulgados nos meses anteriores, a produção da indústria encolheu 2,5% entre abril e junho. Três das quatro atividades industriais pesquisadas se contraíram. A indústria de transformação, houve diminuição de 2,5% na produção. Na indústria extrativa mineral, a queda foi de 2,3%.

A construção civil também não conseguiu crescer, registrando variação de -0,7%. A única atividade que avançou foi a relacionada à produção e distribuição de eletricidade, gás e água, cujo avanço foi de 1,6%.


Além de analisar a produção do país, o IBGE também calcula como esse produto é consumido. Por essa ótica, o consumo do governo avançou 1,1% em relação ao primeiro trimestre do ano. Na mesma comparação, o consumo das famílias brasileiras cresceu menos, 0,6%.

Em relação ao setor externo, as importações de bens e serviços cresceram 1,9%, enquanto as exportações tiveram queda de 3,9%.

O IBGE também mostrou que o trimestre foi ruim para os investimentos medidos na pesquisa por um indicador que os economistas chamam de formação bruta de capital fixo (FBCF) , encolhendo 0,7% no período.

Trimestre foi marcado por medidas de estímulo

Devido à turbulência no mercado internacional, o governo brasileiro adotou uma série de medidas para estimular a economia, como a redução dos juros e a prorrogação, por mais dois meses, da alíquota menor de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para produção de veículos.

Para o ano, a expectativa do governo é que a economia tenha expansão de 3% era de 4,5%, mas o Executivo foi obrigado a conter sua esperança após a divulgação de sucessivos resultados negativos sobre a atividade.

O Banco Central é mais pessimista, prevendo expansão de 2,5%. Para o mercado financeiro, o cenário é ainda mais obscuro: os analistas estimam que a economia crescerá apenas 1,73% em 2012.

2011/ 2011/ 2011/ 2012/ 2012
O Globo

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