"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

maio 25, 2012

E NO PAÍS ONDE TUDO É 100/200/300% "PREPARADO"...NA BERLINDA : ‘The Economist’ questiona se Eike conseguirá entregar projetos


Em reportagem publicada na edição que chega às bancas hoje, a revista The Economist traz um perfil de duas páginas do empresário brasileiro Eike Batista.

Ao classificá-lo como "vendedor do Brasil", a revista questiona se ele conseguirá mesmo entregar todos os projetos onde está envolvido, nos setores de recursos naturais e infraestrutura.


Para a revista, o passado de vendedor de seguros porta a porta foi seu "batismo de fogo". Desde então, partiu para vários negócios diferentes ao longo dos anos e construiu um império, como descreve a Economist.

Em poucos anos, o empresário já criou e listou na Bovespa cinco empresas: MPX (geração de energia), MMX (mineração), LLX (logística), OGX (petróleo e gás) e OSX (construção naval).

A sexta companhia virá com a cisão da MPX e surgimento da CCX, formada pelos ativos de mineração de carvão na Colômbia. Há ainda outras quatro empresas não-listadas nos setores de entretenimento, metais preciosos, tecnologia da informação e imóveis.


A revista inglesa aponta que poucas companhias conseguiram dar lucros e que algumas foram a mercado quando não eram muito mais do que ideias.
"Mas o potencial de venda transformou Batista no brasileiro mais rico e no sétimo mais rico do mundo, com uma fortuna estimada em US$ 30 bilhões.


Isso é mais do que Mark Zuckerberg do Facebook."Segundo a publicação, o império da EBX reflete as forças e as fraquezas do Brasil. De um lado, ele extrai os abundantes recursos minerais. De outro, entra na construção de portos, estradas e trens em razão da falta de infraestrutura no País.

Conforme a revista, críticos dizem que o empresário é "um vendedor muito bom para ser verdade" e também "a única pessoa além de Bill Gates a fazer bilhões com o PowerPoint". "Ele já fez o suficiente para convencer os investidores a lhe darem mais tempo", aponta a publicação britânica. "Mas, cedo ou tarde, o vendedor do Brasil terá de entregar."

Resposta:

Eu sempre entrego os projetos, diz Eike em resposta à Economist

O empresário Eike Batista disse hoje que "sempre entrega os seus projetos" em resposta à reportagem da The Economist. Ao classificá-lo como "vendedor do Brasil", a publicação questiona se ele conseguirá mesmo entregar todos os projetos onde está envolvido, nos setores de recursos naturais e infraestrutura.

"Um exemplo de que eu entrego todos os projetos é a OGX. Já estamos produzindo petróleo", retrucou ele, durante conversa com a imprensa.

Batista afirmou que "a referência no setor de petróleo não é a Shell, mas a OGX". Disse ainda que, em breve, "a marca EBX também será referência".

Ainda sobre a OGX, Eike disse que a companhia não errou um furo sequer durante as perfurações e que isso é entregar resultado. A empresa teve 92% de acerto. "Arriscamos US$ 5 bilhões em pesquisa, mas como temos conhecimento, diminui-se o nível de risco", afirmou Batista.

Aline Bronzati e Daniela Milanese, da Agência Estado

Nenhum comentário: