"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

maio 25, 2012

E NO brasil maravilha SOB A "GARANTIA" DOS 100/200/300%"PREPARADO"... Inadimplência do consumidor sobe para 7,6% em abril


A inadimplência das famílias voltou a subir em abril, segundo dados do Banco Central (BC), divulgados nesta sexta-feira. De março para abril, a taxa subiu 0,2 ponto percentual, para 7,6%, atingindo o mesmo nível do início do ano.

Esse patamar é o maior desde dezembro de 2009, quando ficou em 7,7%. No caso das empresas, a inadimplência ficou estável em 4,1%.

O aumento no número de calotes acima de 90 dias é percebido principalmente no crédito pessoal e para veículos, que atingiu um recorde. No início dessa semana, o governo anunciou um pacote para estimular o consumo de automóveis depois de um pedido do setor.

- Estamos atentos à inadimplência, principalmente neste nível alto, mas a expectativa é que cai lá na frente - disse o chefe do departamento econômico do Banco Central, Túlio Maciel que considera que a inadimplência ficou praticamente estável com pequenas oscilações.

Reportagem publicada nesta semana pelo jornal O GLOBO mostrou que em abril, só as dívidas financeiras representavam em média 45% da renda anual, segundo projeção do economista Simão Silber, da Universidade de São Paulo (USP), com base em dados do Banco Central (BC).

No mês em que os bancos públicos começaram a liderar um movimento de queda dos juros a pedido da presidente Dilma Rousseff as instituições financeiras diminuíram as taxas cobradas dos cliente e começam a repassar a queda da taxa básica (Selic) promovida pelo BC desde agosto do ano passado.

Já a taxa média de juros cobrada das famílias caiu 2,3 pontos percentuais para 42,1% ao ano. As empresas pagaram uma taxa média anual de 26,3%, com redução de 1,4 ponto percentual em relação a março.

Com isso, a taxa geral (empresas e pessoas físicas) ficou em 35,3% ao ano em abril, queda de 2 pontos percentuais em relação a março.


Já a taxa do cheque especial despencou quase 11 pontos percentuais. Em abril, os juros desse crédito chegaram a 174% ao ano. Na média, os juros de empréstimos para pessoas físicas caíram de 44,4% ao ano para 42,1% ao ano no mês passado.

Maciel explicou que os bancos estão mais cautelosos na hora de conceder crédito, mas que no mês passado voltaram a ampliar o crédito com custo menor.

O spread bancário - a diferença entre a taxa de captação e a de aplicação onde o banco lucra - cobrado da pessoa física caiu de 35,1 pontos percentuais para 33,2 pontos percentuais no mês passado.

Desde 2009 - no auge da crise financeira internacional - não havia uma queda tão grande do custo financeiro do país.


O Globo

Mais
A inadimplência nos financiamentos para a compra de veículos por pessoas físicas bateu novo recorde em abril, informou nesta sexta-feira,25, o Banco Central. A taxa de atrasos acima de 90 dias passou de 5,7% em março para 5,9% no mês passado. Desde dezembro, a inadimplência já subiu 0,9 ponto porcentual.

O BC informou também que os empréstimos com atrasos entre 15 e 90 dias, indicador utilizado para antecipar a tendência da inadimplência, recuou de 8,6% em março para 8,5% em abril, ainda acima dos 7,6% registrados em dezembro do ano passado.

Outra linha de crédito que registrou aumento da inadimplência em abril ante março foi o crédito pessoal, cuja taxa passou de 5,3% para 5,5%. Nos empréstimos para aquisição de bens, os atrasos também cresceram, de 12,9% para 13,4% na mesma base de comparação.

Entre as linhas detalhadas pelo BC, apenas o cheque especial registrou queda na inadimplência, de 10,6% em março para 10% em abril, menor taxa desde outubro de 2011 (9,5%).

Crédito

As operações de crédito para compra de veículos destinadas às pessoas físicas caíram 0,3% em abril ante março, segundo o BC. Com esta retração, o total de financiamentos para compra de carros concedido pelo sistema financeiro caiu para R$ 200,691 bilhões no mês passado, o menor valor desde novembro de 2011, quando o total era de R$ 199,590 bilhões.

Segundo o BC, a contração do mercado no mês passado aconteceu no segmento de arrendamento mercantil - o chamado leasing -, cujo estoque caiu 5% no mês, para R$ 22,606 bilhões. No crédito direto ao consumidor, a carteira cresceu 0,3%, para R$ 178,085 bilhões.

O BC também informou que as operações de crédito para o setor habitacional cresceram 2,3% em abril ante março e alcançaram R$ 222,646 bilhões. No acumulado em 12 meses, o segmento cresceu 42,9%.

Prazo

O prazo dos empréstimos para aquisição de veículos voltou a cair em abril e retornou ao menor nível desde agosto de 2009. A média do estoque de financiamentos recuou de 519 dias em março para 515 dias no mês passado, de acordo com o BC. É o 10º mês seguido de queda. Em agosto de 2009, estava em 513 dias.

O recorde para esse indicador foi registrado em dezembro de 2010 (568 dias), mês em que o BC anunciou medidas macroprudenciais de restrição a operações com prazos acima de 60 meses.

Na segunda-feira, o governo anunciou novas medidas para impulsionar o crédito para veículos e ampliar prazos. Foi mantida, no entanto, a restrição a operações acima de cinco anos.

A taxa de juros para esses empréstimos recuou pelo segundo mês seguido, de 26,5% em março para 26% ao ano em abril, menor patamar desde dezembro de 2010 (25,2% ao ano). O recuo se deve, em parte, à redução no spread bancário de 17,3 pontos porcentuais para 17,1 pontos, na mesma comparação.

Esse spread ainda é o maior desde janeiro, quando a taxa estava em 16,6 pontos. O spread representa a diferença entre o custo de captação dos bancos e o que é efetivamente cobrado do cliente.

Estadão

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