Se fosse para atender aos objetivos políticos de Gabrielli, seria uma substituição prematura e equivocada.
As eleições dos governadores só acontecerão em outubro de 2014 e, se sua saída da Petrobrás fosse para cacifar essa candidatura, Gabrielli perderia notoriedade - o que é essencial para um futuro candidato a cargo de governador.
Teria mais exposição pública enquanto presidente da Petrobrás do que à frente de qualquer secretaria do governo da Bahia.
A substituição de Gabrielli pela atual diretora de Gás e Energia da Petrobrás, Maria das Graças Silva Foster, é decisão da presidente Dilma Rousseff.
O que ainda não está claro é o plano inteiro do qual essa mudança faz parte.
Aparentemente, a presidente Dilma não está satisfeita nem com as escolhas da atual administração da Petrobrás nem com seus resultados. Em maio, seu governo rejeitara duas vezes o Plano de Negócios 2011-2015 da Petrobrás, alegadamente porque suas metas "não eram realistas".
Os projetos de investimento da Petrobrás estão atrasados e são raros os cronogramas que vêm sendo cumpridos.
Em parte, isso está acontecendo porque a empresa não consegue coordenar eficientemente sua cada vez maior rede de fornecedores, hoje defendidos pelas exigências de conteúdo local - cláusula que eleva custos e prejudica o andamento dos investimentos.
Está cada vez mais difícil separar o que é tarefa grande demais - até mesmo para uma empresa do tamanho da Petrobrás - e o que pura e simplesmente resulta da baixa eficiência de uma pesada administração estatal, loteada entre próceres da base política do governo Dilma.
As decisões do novo marco regulatório do petróleo exigem que a Petrobrás integre os consórcios de todas as novas licitações do pré-sal com participação mínima de 30% e que ela seja a empresa operadora em todas elas.
Isso significa que todo o programa de licitações tem de esperar até que a Petrobrás esteja em condições de assumir novos contratos de exploração.
Além disso, desde a administração Lula, o governo federal tem exigido que a Petrobrás participe intensamente do setor de geração de energia elétrica;
que lidere o segmento produtor de etanol;
que execute políticas de boa vizinhança de alto custo com Bolívia, Argentina e Venezuela;
e que concorra com seu caixa para a política anti-inflacionária interna, não importando o impacto de todo esse jogo no seu faturamento e na sua capacidade de investir.
Enfim, é areia demais para o caminhãozinho da Petrobrás.
As eleições dos governadores só acontecerão em outubro de 2014 e, se sua saída da Petrobrás fosse para cacifar essa candidatura, Gabrielli perderia notoriedade - o que é essencial para um futuro candidato a cargo de governador.
Teria mais exposição pública enquanto presidente da Petrobrás do que à frente de qualquer secretaria do governo da Bahia.
A substituição de Gabrielli pela atual diretora de Gás e Energia da Petrobrás, Maria das Graças Silva Foster, é decisão da presidente Dilma Rousseff.
O que ainda não está claro é o plano inteiro do qual essa mudança faz parte.
Aparentemente, a presidente Dilma não está satisfeita nem com as escolhas da atual administração da Petrobrás nem com seus resultados. Em maio, seu governo rejeitara duas vezes o Plano de Negócios 2011-2015 da Petrobrás, alegadamente porque suas metas "não eram realistas".
Os projetos de investimento da Petrobrás estão atrasados e são raros os cronogramas que vêm sendo cumpridos.
Em parte, isso está acontecendo porque a empresa não consegue coordenar eficientemente sua cada vez maior rede de fornecedores, hoje defendidos pelas exigências de conteúdo local - cláusula que eleva custos e prejudica o andamento dos investimentos.
Está cada vez mais difícil separar o que é tarefa grande demais - até mesmo para uma empresa do tamanho da Petrobrás - e o que pura e simplesmente resulta da baixa eficiência de uma pesada administração estatal, loteada entre próceres da base política do governo Dilma.
As decisões do novo marco regulatório do petróleo exigem que a Petrobrás integre os consórcios de todas as novas licitações do pré-sal com participação mínima de 30% e que ela seja a empresa operadora em todas elas.
Isso significa que todo o programa de licitações tem de esperar até que a Petrobrás esteja em condições de assumir novos contratos de exploração.
Além disso, desde a administração Lula, o governo federal tem exigido que a Petrobrás participe intensamente do setor de geração de energia elétrica;
que lidere o segmento produtor de etanol;
que execute políticas de boa vizinhança de alto custo com Bolívia, Argentina e Venezuela;
e que concorra com seu caixa para a política anti-inflacionária interna, não importando o impacto de todo esse jogo no seu faturamento e na sua capacidade de investir.
Enfim, é areia demais para o caminhãozinho da Petrobrás.
Mas não está claro o que a presidente Dilma Rousseff quer mudar em toda essa carga e que poderes terá a nova presidente da Petrobrás, Maria das Graças, para formatá-la a esses planos.
Celso Ming O Estado de S. Paulo
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