Juros futuros apresentam instabilidade na BM&F: mercado aguarda IBC-Br

O mercado de juros futuros registra volatilidade nesta quinta-feira, ainda que os contratos apresentem oscilação pouco expressiva. No exterior, os Treasuries americanos operam em queda, diante da maior aversão a risco dos investidores.

Além de mostrarem preocupação com o maior peso do setor privado no plano de resgate europeu, operadores operam de olho em novos sinais de desaquecimento da China e também no balanço mais fraco do banco americano JPMorgan no terceiro trimestre.

No Brasil, as atenções permanecem voltadas à divulgação do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) de agosto. O indicador tem relevante aderência com o Produto Interno Bruto (PIB) e a expectativa é de que o número mostre um enfraquecimento da economia.

Para o Santander, a combinação de queda no varejo e indústria fraca em agosto deve fazer com que o índice registre queda mensal de 0,3% e alta anual de 2,8%.

"Em outras palavras, a atividade econômica brasileira em agosto sofreu uma desaceleração, porém esse movimento está, por ora, consistente com nossa visão de perda de ritmo do crescimento do PIB no terceiro trimestre", diz o banco, em relatório.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou hoje, em Paris, que a atividade econômica no Brasil voltará a acelerar neste quarto trimestre. O ministro disse que a desaceleração no segundo e terceiro trimestres foi programada, mas que a intenção não era parar a economia. Segundo Mantega, a atividade voltará a acelerar e levará a um crescimento do PIB entre 3,5% e 4% neste ano.

Para 2012, o ministro disse esperar que, com alguns ajustes, o crescimento do PIB chegue a 5%, apesar do cenário de desaceleração da economia global.

Na Bolsa de Mercadorias Futuros (BMF), próximo das 12h, o Depósito Interfinanceiro (DI) de abertura de 2015 apresentava alta de 0,01 ponto percentual, a 10,98%, o de janeiro de 2016 subia 0,05 ponto, a 11,12%, e o do início de 2017 avançava 0,05 ponto, a 11,18%.

Os contratos de abertura de 2018 e 2019 avançavam 0,04 ponto e 0,10 ponto, respectivamente a 11,16% e 11,25%.

Entre os contratos de vencimentos mais curtos, o de janeiro de 2012 cedia 0,01 ponto, a 11,18%, enquanto o de julho mantinha taxa de 10,60%.

Além disso, o DI de abertura de 2013 ainda perdia 0,01 ponto, a 10,46% e o de janeiro de 2014 recuava 0,01 ponto, a 10,70%.

Na gestão da dívida pública, o Tesouro realizou hoje leilão tradicional de venda de Letras do Tesouro Nacional (LTN) e Letras Financeiras do Tesouro (LFT).

(Beatriz Cutait | Valor)