"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

setembro 16, 2011

IGP-10 triplica e sobe para 0,63% em setembro


Os alimentos, mais uma vez, aparecem pressionando a inflação e, assim, o Índice Geral de Preços-10 (IGP-10), divulgado ontem pela Fundação Getulio Vargas (FGV) subiu para 0,63% em setembro - mais de três vezes acima do que se viu em agosto (0,20%).

No atacado, os produtos agropecuários chegaram a subir 1,48% neste mês e os alimentos in natura, 1,56% - influenciados por aumentos nos preços de produtos como soja (4,02%) e café (6,88%).

Em 12 meses, o IGP-10 variou 7,79%.
No ano, a alta é de 4,02%.
O IGP-10 é calculado a partir de preços coletados entre os dias 11 do mês anterior e 10 do mês de referência.


O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) variou 0,73%, em setembro, ante 0,26% em agosto. Para Salomão Quadros, coordenador do Instituto Brasileiro de Economia da FGV, o IPA apresentou uma "elevação bastante generalizada".

Além da aceleração em produtos agrícolas, Quadros acrescenta que já aparecem efeitos da subida do dólar em alguns itens.
Caso do minério de ferro que, por causa do câmbio, saiu de -0,31% para 2,69%.


- Os agrícolas tiveram pequena aceleração, porque alguns produtos como soja e café estão em alta no mercado internacional. Enquanto outros, mais voltados para o mercado interno, como o milho, encontram-se em queda de preço - disse Quadros.

Segundo Quadros, a taxa do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), de 0,58%,
está praticamente concentrada na alimentação -
que passou de -0,57% para 1,23%.

Destaques para hortaliças e legumes (de -6,90% para -1,71%),
frutas (-0,13% para 8,47%)
e carnes bovinas (-0,22% para 2,19%).

Também apresentaram avanços em suas taxas os grupos de
Vestuário (-0,25% para 0,86%),
Educação, Leitura e Recreação (-0,15% para 0,17%),
Saúde e Cuidados Pessoais (0,35% para 0,46%)
e Transportes (0,14% para 0,19%).


- Se a economia estiver realmente em desaceleração, como espera o Banco Central, repasses do atacado para o varejo podem ser menores - disse Eduardo Velho, economista da Prosper Corretora.

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou, em setembro, taxa de variação de 0,10%, abaixo do resultado do mês anterior, de 0,31%.

Fabiana Ribeiro O Globo

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