"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

setembro 29, 2011

BC: crise econômica global faz PIB brasileiro cair


A crise econômica mundial deve provocar impacto negativo de 1 ponto percentual no crescimento da economia brasileira este ano. Já a demanda interna por produtos e serviços deve contribuir positivamente com 4,5 pontos percentuais.

Assim, o Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, deve ficar em 3,5% este ano, segundo projeção apresentada no Relatório de Inflação do Banco Central (BC), divulgado a cada trimestre.

A estimativa anterior do BC era 4% para o crescimento do PIB em 2011.


Segundo expectativa do BC, a agropecuária deverá crescer 2,1% em 2011, expansão de 0,2 ponto percentual acima da estimativa anterior. “Contrastando com o efeito positivo da agricultura, a pecuária apresentou desempenho aquém da expectativa no primeiro semestre, impactando negativamente a projeção anual para o segmento agropecuário”, diz o relatório.

A expansão anual do setor industrial em 2011 está estimada em 2,3%. “O recuo de 1,9 ponto percentual em relação à estimativa anterior decorre de revisões para menos em todos os subsetores da indústria, em linha com os respectivos desempenhos registrados no segundo e no início do terceiro trimestre do ano”, destaca o Relatório de Inflação.

A produção do setor de serviços deve aumentar 3,5%, ante 3,8% da projeção anterior. Para a demanda agregada, a nova projeção do BC considera crescimento maior no consumo das famílias, de 4,5% ante 4,1% na estimativa anterior, “consistente com a evolução favorável do mercado de trabalho no primeiro semestre”. Também aumentou a estimativa de crescimento para o consumo de governo, de 1,9% para 2,1%.

A projeção para o crescimento da Formação Bruta de Capital Fixo (investimentos) foi reduzida de 6,4% para 5,6%, “alteração associada aos recuos nas projeções de crescimento da construção civil, da indústria de transformação e das importações de bens de capital”.

As exportações e as importações de bens e serviços devem registrar elevações respectivas de 4,7% e 12,9% este ano ante estimativas anteriores de 9,6% e 18,2%.

“O menor crescimento de exportações é compatível com o ambiente de desaceleração da economia mundial, enquanto a revisão do crescimento das importações ocorre em linha com a expectativa de continuidade da moderação na atividade econômica interna no segundo semestre”, segundo o relatório do BC.

Agência Brasil

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