Eles tiveram almoço com a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, e cobraram o pagamento da promessa de que no segundo semestre o dinheiro das emendas seria liberado.
No encontro com a ministra, a primeira na volta do recesso, mais uma vez os aliados não perderam tempo e, assim que puderam falar, cobraram uma solução para o pagamento dos recursos destinados a obras nos municípios.
O líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), disse que não foi estabelecido compromisso com prazos.
Cobrança.
O líder do PP, deputado Nelson Meurer (PR), afirmou que a liberação das emendas é essencial para que os líderes tenham condição de comandar a base na Casa.
Além do dinheiro das emendas do Orçamento deste ano, os líderes cobram o pagamento dos convênios inscritos no chamado restos a pagar, referentes a orçamentos de anos anteriores, que totalizam cerca de R$ 4,5 bilhões.
O prazo para a liberação desses recursos termina no dia 30 de setembro.
"Sem essa atitude clara do governo a esses pontos de interesse parlamentar nas vésperas de eleição municipal vai ser complicado orientar a base para os objetivos que o governo pretende atingir neste semestre", disse Meurer.
O líder do PC do B, deputado Osmar Júnior (PI), afirmou ser necessário um planejamento para não permanecer o tensionamento com os aliados.
"O governo vai ter de estabelecer com a base o que vai ser executado no Orçamento. Não podemos ficar na queda de braço", disse Osmar Júnior.
"O que se quer é uma programação global. O principal é o cronograma (de liberação das emendas)", completou o líder do PC do B.
Sem prazo.
O líder governista Cândido Vaccarezza não se comprometeu com datas.
"Estamos conversando amigavelmente e, neste quadro, estamos fazendo a discussão do cronograma de emendas", disse, ressaltando que não há prazo fixado para o pagamento das emendas.
A verba de R$ 1 bilhão destinada às emendas de 2011 foi conseguida a fórceps pela ministra Ideli Salvatti. Seu companheiro Guido Mantega (ministro da Fazenda) fez de tudo para impedir que o governo mexesse no dinheiro.
Mantega defendia a tese de que emendas deste ano só começassem a ser pagas depois de outubro. Argumentava que, do contrário, pode haver desequilíbrio no ajuste fiscal.
Denise Madueño O Estado de S. Paulo
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