"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

agosto 03, 2011

O DRAMA DOS PROBLEMAS CARDÍACOS : Preço varia 1.000%

Não bastassem os desafios para cuidar da saúde e manter um estilo de vida saudável, pacientes com problemas cardíacos enfrentam um novo drama.

Estudo da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) revela que, além de altos, os preços de produtos de uso cardiovascular variam até 1.000% no Brasil.


Os stents coronários (molas usadas para dar suporte interno às artérias e evitar o infarto), por exemplo, custam entre R$ 896 e R$ 9,5 mil, conforme o fabricante.

O valor de um marcapasso (usado para regular os batimentos cardíacos) varia até 250%. O mais barato custa R$ 4.324 e o mais caro, R$ 10.284.

A diferença é ainda mais gritante quando a comparação é feita com outros países. Na Alemanha, o aparelho pode ser encontrado por preços que vão de R$ 1,8 mil a R$ 3,7 mil.


O levantamento analisou 145 itens disponíveis no mercado. "Os valores são informados pelas fábricas quando elas lançam o produto. Mas não entendemos o motivo de tanta disparidade. Os tributos altos não justificam essa situação", afirmou Pedro Bernardo, chefe do Núcleo de Regulação Econômica da Anvisa.

Custo-benefício
Embora esses produtos sejam comprados, na maioria das vezes, por hospitais, quem paga a conta é o consumidor.
"Se o paciente tem plano de saúde, a operadora paga. Caso contrário, ele tem de repassar o valor para o estabelecimento médico", observou Bernardo.


A seu ver, com o resultado da pesquisa, será mais fácil monitorar o mercado. Pela falta de conhecimento, as pessoas não têm condições de analisar o melhor custo-benefício no momento da compra.

"Com informação, elas podem exercer o seu direito de escolha. Podem optar pela melhor qualidade e o menor preço e, assim, pressionar as indústrias a alterar as tabelas."

Cristiane BonfantiCorreio Braziliense

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